segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Aguenta Rafa, vai passar depressa!

E pronto, terminou mais uma participação do FC Porto na jovem e ainda pouco estimulante Taça da Liga. Há muito pouco a lamentar. Aliás, nas actuais circunstâncias, com o FC Porto lançado para o título e empenhado nas eliminatórias da Taça de Portugal e da Liga Europa, até se pode considerar a derrota frente ao Nacional como uma das menos inoportunas das últimas épocas. Ainda assim, e mesmo sabendo que, depois da derrota frente ao Nacional, a qualificação para as meias-finais seria muito complicada, o FC Porto não deixou de abordar os restantes dois jogos da fase de grupos com seriedade.
Hoje, em vez dos habituais ‘positivos’ e ‘negativos’, deixo apenas uma mensagem de conforto para o Emídio Rafael: o FC Porto é um óptimo clube para quem tem de enfrentar um pós-operatório e em Maio vais estar no relvado do Dragão a receber o troféu de campeão. Vai passar depressa!

«Curiosidades FCP» - Rui Barros

Hoje recuperamos uma foto (autografada e com dedicatória!) de Rui Barros com a camisola da Selecção nacional. O antigo avançado e treinador (por apenas um jogo, na Supertaça Cândido de Oliveira) do FC Porto representou a Selecção em 36 ocasiões, tendo marcado 4 golos.

«Curiosidades FCP» - FC Porto 1965/66

Recuamos ao FC Porto da década de 60 para recordarmos um «onze» da época 1965/66. Destaque nesta foto para os 3 jogadores (Américo, Festa e Custódio Pinto) que, no final dessa época, representaram o FC Porto no célebre Campeonato do Mundo de Inglaterra.
Em cima (da esq. p/ dta): Atraca, Pavão, Alípio, Festa, Almeida e Américo;
Em baixo (da esq. p/ dta): Jaime, Naftal, Manuel António, Custódio Pinto e Nóbrega;

A «foto do dia» - Octávio Machado

Foi melhor jogador do que treinador (se alguém lhe diz isto ele desata a “lavar roupa suja” do tempo em que foi rendido por José Mourinho no comando técnico do FC Porto) e foi pena ter deixado o clube em conflito com Pinto da Costa. Falamos de Octávio Machado, um dos imprescindíveis médios-centros do ‘FC Porto de Pedroto’. Nesta foto, vemos o palmelense com o típico ‘look’ ‘à anos 70’: bigode farfalhudo e farta cabeleira!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

De tanto falar em ópera…

Está concluído o grande objectivo do FC Porto para este ciclo de jogos de Janeiro: manter (ou aumentar) a vantagem para o segundo classificado da Liga. Os mais exigentes dirão que as coisas têm sido feitas com os ‘serviços mínimos’, mas é impossível exigir mais a quem ostenta o belo percurso do FC Porto 2010/11. Mas pronto, ontem o FC Porto voltou à ópera! Mais uma demonstração de força e espectacular exibição de futebol de ataque!
O ‘FC Porto de Villas-Boas’ é uma equipa muito organizada e que raramente se desequilibra. Ou seja, mesmo quando é menos incisiva no ataque (como aconteceu em Aveiro), isso permite-lhe controlar facilmente um jogo e um adversário. Poderia o FC Porto vencer por margens mais folgadas? Podia, mas neste momento a equipa não tem aquela necessidade de afirmação que tinha no início da época, ou seja, o FC Porto já mostrou que é melhor que os adversários e dá-se agora ao luxo de vencer os jogos correndo menos riscos. Julgo que as exibições empolgantes, como a de ontem, poderão ser mais frequentes quando a equipa sentir aquela ‘pressãozinha’ dos jogos a eliminar e dos ‘clássicos’.
Positivo (+):
- Hulk: até já marca golos ‘à Falcão’!
- Rolando: é mais discreto e menos exuberante do que Bruno Alves, mas tem sido tão ou mais eficiente;
- Emídio Rafael realizou o seu melhor jogo desde que chegou ao FC Porto: muito agressivo a defender e lúcido a atacar;
- já tínhamos saudades destes jogos em que as 3 formiguinhas do meio-campo do FC Porto (Fernando, Belluschi e Moutinho) asfixiam a bola e o adversário;
- a jogada da qual resultou o golo de James Rodriguez: aquilo é ópera dos grandes palcos!
- é a 18ª vez esta época que o FC Porto deixa um adversário “a zeros”, ou seja, não sofremos qualquer golo em 18 dos jogos oficiais que já realizámos esta época: excelente consistência defensiva!
- a antecipação do jogo com o Nacional permitiu ao FC Porto “jogar e vencer em dois campos”: aumentámos a vantagem pontual para o Benfica (ainda que os 11 pontos sejam uma vantagem psicológica, pelo menos até à 20ª jornada) e ficámos com 6 dias de descanso entre os dois exigentes jogos frente ao Sevilha;
- José Mourinho lá se decidiu a fazer um elogio (muito, muito tímido) a André Villas-Boas: «Face à época que está a fazer… está a fazer bem. Não quero dizer nada mais»; Já é alguma coisa para alguém tão ciumento como o ‘special one’;
- numa semana em que a imprensa indígena se preparava para intoxicar a opinião pública lançando dúvidas sobre a decisão de João Ferreira em assinalar (bem!) a grande-penalidade sobre Hulk, eis que surge Jorge ‘Tyson’ Jesus a estragar tudo com aquela cena de pugilato;
Negativo (-):
- as bolas nos postes e o golo mal anulado a Cristian Rodriguez impediram o FC Porto de chegar à justa e merecida goleada;

«Curiosidades FCP» - Oliveira e a curta experiência espanhola

Hoje dedicamos um ‘post’ a António Oliveira, um dos símbolos do ‘FC Porto de Pedroto’ e, actualmente, o maior accionista individual da ‘FC Porto SAD’.
Talvez por ter jogado no FC Porto, António Oliveira (nota: o actual presidente da Assembleia Geral do Sporting, Dias Ferreira, considera-o o melhor jogador português que viu jogar) foi mais um dos grandes génios do futebol português que nunca viu o seu valor devidamente reconhecido (o mesmo já havia acontecido noutros tempos com os também portistas Pinga e Hernâni).
Foi ainda com idade de júnior, aos 17 anos, que Oliveira passou a treinar com a equipa principal do FC Porto. Nessa altura, era um miúdo no meio de alguns históricos e conceituados jogadores (Rolando, Pavão, Custódio Pinto, Nóbrega,…) que representaram o clube durante o mais longo jejum da nossa história no que à conquista de campeonatos diz respeito. Essa experiência acabaria por ser fundamental no início da carreira de António Oliveira que, durante a época 1971/72 e com apenas 19 anos, começou a ser utilizado com regularidade na equipa principal.
Depois disso, seguiram-se 7 épocas consecutivas no «onze» do FC Porto, ciclo que terminou com a conquista do ‘bi-campeonato’, em 1978/79, e a confirmação de António Oliveira como um dos melhores jogadores portugueses da sua geração. Foi também nessa altura que surgiu o interesse do Bétis na sua contratação.
As dificuldades financeiras que o FC Porto então atravessava e a excelente proposta apresentada pelo jogador (o Bétis contratou Oliveira por 36 mil contos, a transferência mais cara do clube até então) impediram Américo de Sá de cobrir a proposta dos espanhóis. No entanto, Oliveira não escondeu alguma mágoa pelo facto dos responsáveis do FC Porto não terem feito tudo para o manter no clube: «Estava disposto a perder 15 mil contos para ficar no FC Porto. Dois dias antes de assinar pelo Bétis, ainda esperava ansiosamente fumo branco das Antas, só que não podia esperar mais», confessou depois de assinar pelo clube sevilhano.
Contudo, essa sua decisão acabou por se revelar precipitada, como mais tarde foi admitido pelo próprio: «A minha visão do mundo é nitidamente provinciana - foi a conclusão a que cheguei depois de ter vivido 6 meses de solidão espiritual». Segundo relatos da época, Oliveira terá mesmo pago 6000 contos do seu próprio bolso para rescindir com o Bétis e regressar às Antas. Oliveira deixou o FC Porto no Verão de 1979 e regressou às Antas 6 meses depois. No entanto, o seu ciclo no clube terminaria no final dessa época, na sequência do polémico «Verão Quente» de 1980. Oliveira tinha apenas 28 anos e optou por ingressar no clube da sua terra, o Penafiel. Ainda assim, regressaria mais tarde às Antas, como treinador, para se sagrar novamente bi-campeão nacional.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Coesos como o aço!

Afinal a visita a Aveiro não foi assim tão difícil como se esperava, ou melhor, o FC Porto não a tornou assim tão difícil. Foi um FC Porto algo mecanizado e menos descomplexado do que em jogos anteriores, é certo, mas isso significa que a equipa teve consciência da importância do jogo. Ou seja, foi um FC Porto coeso e quase perfeito a nível táctico e posicional. E era assim que este jogo tinha que ser abordado. Este e o próximo, frente ao Nacional. E porquê? Porque esta semana pode muito bem ser a mais importante da época para o FC Porto no que à Liga portuguesa diz respeito. Quarta-feira, segue-se a possibilidade de colocarmos o segundo classificado a 11 pontos de distância (na prática serão 12!). Mesmo com um Benfica - FC Porto ainda por jogar, essa diferença seria um terrível abalo para as pretensões do nosso maior rival. A ópera fica para outra altura!
Positivo (+):
- é difícil fazer destaques individuais num jogo em que a maior virtude do FC Porto foi ter jogado como equipa (o Beira-Mar não criou uma única oportunidade de golo!);
- a forma concentrada e rigorosa como o FC Porto defendeu as bolas paradas (aquele golo consentido ao Marítimo foi mesmo uma excepção);
- depois de no jogo frente à Naval termos chamado a atenção para a fiabilidade e regularidade de Helton, hoje é altura de destacarmos outro jogador que tem sido algo discreto (mas eficiente!) esta época: Sapunaru; não nos recordamos do último erro que o romeno tenha cometido, e esse é o melhor elogio que lhe poderemos fazer;
Negativo (-):
- o bom jogo colectivo do FC Porto merecia outro Varela;
- apesar de ter tido o jogo sempre controlado, o FC Porto correu alguns riscos ao não conseguir ganhar uma vantagem de dois golos no marcador;
- com aquele excesso de peso, não admira que Walter só seja opção para os últimos minutos de jogo (será que no Porto não há preparadores físicos e nutricionistas?);

«Curiosidades FCP» - A carreira do Ademir

Hoje recordamos a carreira de um jogador que marcou um dos golos mais importantes da história do FC Porto: aquele que valeu o empate no clássico frente ao Benfica, em 1977/78. Esse será, muito provavelmente, o golo mais célebre da década de 70 do futebol português. O seu marcador, o brasileiro Ademir, chegou ao FC Porto em 1975/76, vindo do Olhanense. «Chegar ao FC Porto foi normal, pois eu fazia bom jogos e várias equipas mostraram interesse por mim. Clubes como o Benfica, o Vitória de Guimarães e o Sporting, mas o que me ofereceu melhores condições foi o FC Porto. Fui para as Antas ganhar 22.500$00 por mês, o que para a época era um ordenado razoável, mas não era nenhuma fortuna comparado ao que se ganha hoje no futebol.
Na altura dava para viver bem, mas tinha de se poupar um ano para investir num apartamento, coisa que eles hoje compram num mês. No primeiro ano no FC Porto ganhámos a Taça de Portugal, e no seguinte o Campeonato. No último jogo com o Benfica, em que bastava um empate, foi 1-1 e eu marquei o golo», confessou Ademir numa das últimas entrevistas que concedeu à imprensa portuguesa. Este brasileiro era um ‘clássico nº 10’ e foi fundamental no regresso do FC Porto à conquista do título, em 1977/78. Apesar de Ademir ser ‘o homem do último passe’ (era a principal “muleta” de Fernando Gomes e António Oliveira) acabou por marcar 12 golos nessa edição do campeonato. Aliás, foi precisamente num desses jogos que o brasileiro despertou o interesse dos responsáveis do Celta de Vigo.
«Também foi daquelas coisas que acontecem. O Celta estava interessado no Chico Gordo que jogava no Sp. Braga, e só não foi o Chico porque no jogo seguinte foram ver o FC Porto - Sp. Braga nas Antas, e como eu fiz um grande jogo, o treinador do Celta disse que já não queria o ‘10’ do Sp. Braga, mas sim o ‘8’ do FC Porto. Terminado o jogo estava lá um emissário espanhol para falar comigo, apresentando as condições. No dia seguinte estava a fazer exames médicos na Corunha. Fiquei lá cinco anos.»
Em cima, recuperámos 4 fotos que retratam a passagem de Ademir pelos 3 principais clubes que representou na sua carreira: Olhanense, FC Porto e Celta de Vigo.

A «foto do dia» - O bilhete do FC Porto - Standard de Liége, Taça dos Vencedores das Taças 1981/82

Hoje recuamos ao ‘FC Porto de Hermann Stessl’ com o ingresso (custou 150$!) que deu acesso ao FC Porto - Standard de Liége, da 2ª mão dos Quartos-de-final da extinta Taça dos Vencedores das Taças, época 1981/82.
Os belgas foram o nosso terceiro adversário na competição (o FC Porto começou por eliminar o Vejle BK, da Dinamarca, e os italianos da AS Roma). Michel Preud’homme, Eric Gerets, Arie Haan e Simon Tahamata, entre outros, eram alguns dos craques, orientados pela velha raposa Raymond Goethals, que marcaram uma época do futebol belga. Aliás, nessa edição da Taça dos Vencedores das Taças, o Standard só foi derrotado na final da prova, pelo Barcelona.
Os belgas começaram por derrotar o FC Porto, em Bruxelas, por 2-0 (Englebert, aos 31’, e Wendt, aos 67’) e, quinze dias depois, a 17 de Março de 1982, saíram das Antas com uma igualdade: 2-2 (Lecloux, aos 45’, Jacques, aos 58’, Vandersmissen, aos 68’, e Walsh, aos 71’).

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

45 minutos ‘à FC Porto de Villas-Boas’!

Tinha tudo para ser um jogo aborrecido (é de uma competição pela qual o FC Porto continua a revelar pouco interesse e o Nacional tem o 1º lugar do grupo ali à mão), mas o FC Porto resolveu oferecer-nos mais uma bela exibição, jogando sempre um futebol positivo e desfrutando do jogo. Foi pena só ter durado 45 minutos, pois Villas-Boas aproveitou para fazer descansar alguns jogadores e baixar o ritmo de jogo. Fez bem, pois o treinador do Beira-Mar, nosso próximo adversário na Liga, também deixou alguns titulares de fora, precisamente para tentar chegar ao jogo do próximo Sábado na máxima força. Esse sim, será um jogo importantíssimo para o FC Porto (o Beira-Mar já empatou com o Sporting, e venceu o Sp. Braga e o Vit. Guimarães). Aliás, os dois próximos jogos poderão marcar a época do FC Porto. Se vencer ambos, e apesar de ficar com um jogo a mais, o FC Porto pode “cavar” uma diferença de 11 pontos para o segundo classificado. Isso causaria ainda maior desconforto no nosso maior rival.
Positivo (+):
- o FC Porto manteve a dinâmica de vitória e teima em vencer os jogos por mais de um golo de diferença;
- Fernando, Maicon, Fucile (este apesar dos habituais disparates!) e James mostraram intensidade de ‘jogador titular’;
- o futebol de James Rodriguez deixa-nos cada vez mais entusiasmados: o miúdo está mais agressivo e vai ser um craque quando perder a ansiedade que o tem traído na hora do remate e do último passe;
- uma palavra elogiosa também para Helton, não tanto pelo jogo de ontem (limitou-se a estar atento) mas pela regularidade e pelo discurso lúcido, e mobilizador, para colegas e adeptos; Belo ‘capitão’!
Negativo (-):
- o entusiasmo que o FC Porto colocou em campo merecia mais espectadores nas bancadas, mesmo para um jogo de Taça da Liga: apenas 17 mil espectadores (ainda assim, mais do que aqueles que estiveram no Estádio da Luz);

«Curiosidades FCP» - A biografia de Pedroto

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recuperamos a biografia (autorizada) de José Maria Pedroto. O «Mestre» foi retratado neste livro pelo Alfredo Barbosa, um dos jornalistas que mais de perto conviveu com Pedroto e de quem se tornou amigo.
Alfredo Barbosa nasceu em 1950, no Porto, e iniciou a sua profissão de jornalista no jornal ‘O Norte Desportivo’. Depois disso, foi redactor do jornal ‘A Bola’, director do jornal ‘O Jogo’ e do ’O Norte Desportivo’, e comentador em várias rádios nacionais.
Em baixo, recuperámos duas fotos que retratam a passagem de Pedroto pelo FC Porto, como jogador e como treinador.

A «foto do dia» - Rodolfo

Hoje recuperamos mais uma foto de um símbolo do ‘FC Porto de Pedroto’ e voz influente no nosso balneário durante a década de 70 e início dos anos 80: Rodolfo.
Nesta foto, vemos o antigo ‘capitão’ do FC Porto algures num dos muitos campos de reduzidas dimensões que eram usuais no nosso país durante aquele período.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bastaram 2 minutos de ópera!

Começou a 2ª volta. Com o FC Porto a ganhar, claro! Depois de na 1ª jornada da Liga, frente à mesma Naval, ter sido confrontado com um campo irregular e uma forte ventania que condicionaram o jogo, o FC Porto corrigiu aquela vitória mínima (0-1) com mais uma boa exibição.
Neste momento, e apesar da surpreendente vitória (1-2) em Guimarães, a Naval não tem qualquer possibilidade de discutir um jogo no Dragão com este ‘FC Porto de Villas-Boas’. Além de ter voltado à alegria e ao entusiasmo que mostrou no primeiro terço da época, o FC Porto tem agora as suas habituais opções de ataque todas disponíveis. Hulk, Falcão e Varela formam um dos melhores trios de ataque da Europa!
A verdade é que as jornadas vão passando e a diferença para o 2º classificado mantém-se nos 8 pontos (na prática são 9). Ou seja, Jorge Jesus bem pode continuar a alimentar a imprensa indígena com aquele discurso do “continuamos a crescer” que isso não o vai aproximar do 1º lugar. Isso e o seu habitual “tal como eu tinha previsto….” não ganham pontos e jogos. O que nós podemos prever é que, para ser campeão, o FC Porto nem sequer precisa de fazer melhor do que fez na 1ª volta do campeonato, basta-lhe fazer igual (e até pode fazer pior!). Quem vier atrás que feche a porta!
Positivo (+):
- a forma cruel e castigadora como o FC Porto “cavou” a diferença no marcador em apenas 2 minutos: as únicas desatenções da Naval na 1ª parte resultaram em golos!
- Hulk leva uma média de 1 golo por jogo na Liga: notável para um extremo;
- João Moutinho: não é o ‘melhor jogador do FC Porto’, mas é o ‘jogador mais importante do FC Porto’;
- Belluschi é o jogador do FC Porto em melhores condições físicas, e isso reflectiu-se no 2ª golo: roubou uma bola em pressão alta, combinou com Falcão e ofereceu o golo a Hulk;
- a dupla Rolando-Otamendi é neste momento um dos pilares do ‘FC Porto de Villas-Boas’;
Negativo (-):
- o FC Porto demorou demasiado tempo a tirar partido daquela postura super-arriscada da Naval, que jogou com um bloco defensivo muito subido no campo;

A «foto do dia» - Gomes e o Sp. Gijón

Hoje recuperamos uma foto de Fernando Gomes com a camisola do Sp. Gijón. O nosso carismático nº 9 representou o clube espanhol depois de ter deixado o FC Porto na sequência do polémico «Verão Quente», em 1980. Esse “exílio” de Fernando Gomes terá sido um dos momentos mais dolorosos de toda a história do clube.
Apesar da transferência ter rendido ao FC Porto cerca de 35 milhões de pesetas (valor divulgado pela imprensa espanhola), o “fantasma” de Gomes continuou a pairar nas Antas e obrigou mesmo Pinto da Costa a transformar o regresso do Bi-Bota d’Ouro num dos seus maiores trunfos na candidatura que efectuou à presidência do clube. Concretizaram-se ambos: a eleição de Pinto da Costa e o regresso de Gomes!

«Curiosidades FCP» - O Fluminense de Branco

Aproveitando o recente ‘post’ que dedicámos ao Branco, hoje recordamos um «onze» do ‘Flu’ (campeão carioca em 1983) onde o fantástico ex-lateral esquerdo do FC Porto surge ao lado de outros dois brasileiros que também jogaram em Portugal no início da década de 90: o benfiquista Ricardo Gomes e o sportinguista Duílio.
Em cima (da esq. p/ dta): Aldo, Duílio, Ricardo Gomes, Jandir, Branco e Paulo Victor;
Em baixo (da esq. p/ dta): Leomir, Delei, Washington, Assis e Paulinho Carioca;

«Curiosidades FCP» - O programa oficial do Hamburgo - FC Porto, Taça UEFA 1989/90

Recuperamos mais um programa oficial de um jogo do FC Porto nas competições europeias. Desta vez, recuamos ao nosso confronto com os alemães do Hamburgo, relativo aos Oitavos-de-final da Taça UEFA 1989/90.
Esta é a célebre eliminatória que ficou marcada por uma péssima arbitragem no jogo da 2ª mão (vitória, insuficiente, do FC Porto, por 2-1). No final desse encontro, os fortes protestos do público e dos responsáveis do FC Porto levaram mesmo a UEFA a castigar-nos com a interdição do Estádio das Antas.
Quanto ao jogo a que o programa oficial diz respeito, disputado no ‘Volksparkstadion’ a 22 de Novembro de 1989, terminou com a vitória dos alemães, por 1-0 (golo de Von Heesen, aos 48’).

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Passem a bola ao Hulk!

Não foi uma mera formalidade o apuramento do FC Porto para as meias-finais da Taça de Portugal. Mesmo sem imprimir um ritmo alto ao jogo, foi preciso uma boa dose de paciência para derrotar a organizada e lutadora equipa do Pinhalnovense. Até ontem, a boa organização e a forma como a equipa do FC Porto se posiciona em campo tinham sido suficientes para derrotar estes adversários de divisões inferiores, mesmo utilizando jogadores menos rotinados no «onze». Mas desta vez foi preciso chamar o ‘bombardeiro’ Hulk para vencer um jogo, e um adversário, que começava a irritar a plateia do Dragão. Sem dramas, isto é típico da Taça de Portugal!
Positivo (+):
- o FC Porto vai agora à procura de novo recorde: depois do ‘Penta’, o inédito ‘Tri’ na Taça de Portugal;
- há golos ‘à Ronaldo’, golos ‘à Messi’ e golos ‘à Hulk’: ontem foram dois!
- Belluschi foi dos poucos a respeitar o adversário: lutou sempre!
- depois da infelicidade frente ao Nacional, Kieszek foi determinante ao anular a única oportunidade de golo do Pinhalnovense em todo o jogo;
- o toque de bola de James Rodriguez: o miúdo joga com botas de veludo!
- o FC Porto foi considerada a 10ª melhor equipa do mundo, em 2010 (e melhor equipa do mês de Dezembro), no ranking elaborado pela Federação de História e Estatística do Futebol;
Negativo (-):
- o jogo pastoso que o FC Porto realizou: abusou-se das fintinhas e dos toques de calcanhar;
- 77 minutos: é demasiado tempo para o FC Porto marcar um golo a uma equipa da II Divisão;
- a ausência prolongada de Álvaro Pereira deixa um problema a Villas-Boas, pois Emídio Rafael, apesar do potencial de crescimento, é apenas mediano;
- incompreensível o apoio que alguns sectores do Estádio do Dragão dispensam a Mariano Gonzalez, o argentino é um jogador medíocre!

«Curiosidades FCP» - FC Porto 1990/91

Em semana de Taça de Portugal, recuperamos uma foto do «onze» do FC Porto que marcou presença na final do Jamor em 1990/91.
Algo surpreendentemente, o nosso adversário na final, o acessível Beira-Mar, conseguiu levar a decisão da Taça até ao prolongamento. Ainda assim, o FC Porto acabou por vencer 3-1 (golos de Domingos, aos 5’, Abdel Ghany, aos 35’, Kostadinov, aos 97’, e Jaime Magalhães, aos 100’).
Em cima (da esq. p/ dta): Vítor Baía, Fernando Couto, Paulo Pereira, Vlk, Aloísio e João Pinto;
Em baixo (da esq. p/ dta): Semedo, André, Domingos, Jorge Couto e Jaime Magalhães;

A «foto do dia» - Marco Aurélio

Hoje, na «foto do dia», recordamos Marco Aurélio, um brasileiro que representou o FC Porto em dois períodos distintos: de 1973/74 a 1974/75 e de 1978/79 a 1979/80 (pelo meio representou o Varzim), sagrando-se campeão nacional precisamente no ano em que regressou ao clube.
Na memória dos adeptos ficou a grave lesão que este ex-médio defensivo do FC Porto sofreu num lance com o benfiquista Toni (saiu do campo em lágrimas depois de se aperceber da gravidade da lesão). Marco Aurélio lesionou-se (dupla fractura da tíbia e do perónio) aos 78 minutos de um ‘clássico’ disputado na Luz e que terminou empatado (1-1). Depois disso, seguiu-se uma longa recuperação e o ingresso no Vit. Setúbal, em 1980/81.

«Curiosidades FCP» - O bilhete do Marselha - FC Porto, Liga dos Campeões 2007/08

Recuperamos mais um bilhete de um jogo do FC Porto nas competições europeias. Este ingresso/convite é relativo à nossa mais recente visita a Marselha. Esse jogo, da 3 ª jornada da ‘Champions’ 2007/08, terminou empatado 1-1 (golos de Niang, aos 69’, e de Lucho Gonzalez, aos 79’), resultado que permitiu ao FC Porto aceder ao segundo lugar do seu grupo.
Depois da épica vitória (2-3) de 2003/04, o FC Porto voltava a sair ileso do ‘Velodrome’!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Qual pressão, qual quê!

Finalmente voltou o bom futebol! Já tínhamos saudades de uma exibição semelhante àquelas que, no primeiro terço da época, empolgaram e entusiasmaram os adeptos. Este foi o melhor jogo que o FC Porto realizou depois daquela maldade (5-0!) feita ao Benfica. O Marítimo sofreu 4 golos, mas poderia ter sofrido 5 ou 6 (o que mais me impressionou foi a qualidade de posse de bola do FC Porto em zonas próximas da baliza adversária).
Como se viu ontem, não havia assim tantas razões para preocupação depois do jogo da Taça da Liga, frente ao Nacional. Essa foi das derrotas menos dramáticas da história recente do FC Porto. Perdemos a invencibilidade, é certo, mas a derrota surgiu na competição menos relevante para o FC Porto e acabou por retirar à equipa aquela pressão de se manter invencível. Ou seja, se os rivais ficaram animados após o nosso jogo frente ao Nacional, também é verdade que temos agora um FC Porto mais desperto e desembaraçado. A máquina continua a carburar!
Positivo (+):
- Guarín realizou o seu melhor jogo desde que chegou ao FC Porto: o ‘cowboy’ da Colômbia está de “pé quente” e super-confiante;
- não foram tão exuberantes como Guarín, mas Moutinho (inteligente a forma como, recorrendo à falta, impede os contra-ataques adversários) e Belluschi (é o melhor médio da Liga portuguesa no ‘passe vertical’) fizeram um excelente jogo;
- os regressos ao «onze» de Helton, Otamendi, Belluschi e Varela tornaram a equipa mais segura e fizeram que ficasse menos exposta àquelas imprevisibilidades (infelicidade de Kieszek e actuação desastrada de Sereno) do jogo com o Nacional;
- quase que apostamos que aquela forma entusiástica e vibrante como Villas-Boas festeja os golos do FC Porto deve causar alguma “azia” a Jorge Jesus;
- o ‘FC Porto de Villas-Boas’ termina a 1ª volta do campeonato com 41 pontos conquistados, mais 5 pontos do que o ‘Benfica de Jesus’ havia conquistado na mesma altura da época passada e mais 2 pontos do que o ‘FC Porto de Mourinho’ (à passagem da mesma 15ª jornada num campeonato com 18 equipas): notável!
Negativo (-):
- o único aspecto negativo no jogo de ontem terá sido a má colocação defensiva dos jogadores (o FC Porto defende ‘à zona’ nas bolas paradas) no golo do Marítimo;

«Curiosidades FCP» - Os títulos do Branco

Voltamos a recordar aquele que terá sido o melhor lateral-esquerdo estrangeiro que representou o FC Porto, o brasileiro Branco (nota: o Álvaro Pereira parece ter potencial para igualar o brasileiro). Desta vez, recordamos os títulos que conquistou e recuperamos mais algumas fotos que retratam a sua passagem pelo FC Porto e pela selecção do Brasil.
Apesar de ter sido um jogador muito conceituado, Branco só conquistou títulos fora do seu país quando representou o FC Porto (campeão nacional com Artur Jorge, em 1989/90, e vencedor da Supertaça).
No Brasil, o nosso ex-lateral-esquerdo foi campeão carioca em três ocasiões (1983, 1984 e 1985) e conquistou o campeonato brasileiro uma vez (1984), sempre com a camisola do Fluminense. A nível de Selecções, merecem destaque as conquistas da Copa América, em 1989, e do Campeonato do Mundo, em 1994.

A «foto do dia» - A alegria dos protestantes

Depois de na semana anterior termos aqui feito referência ao FC Porto-Celtic de Glasgow, elegendo-o como ‘o melhor jogo da década’, hoje recuperamos uma pequena provocação que os adeptos do Glasgow Rangers fizeram aos seus rivais do Celtic após a final de Sevilha.
‘Obrigado Porto! Your win was our joy’ (‘A vossa vitória foi a nossa alegria’) lê-se na faixa que os protestantes do Rangers (eternos rivais dos católicos do Celtic) colocaram no ‘Ibrox Stadium’ após a vitória do FC Porto sobre o Celtic.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Rebuçado saiu ao Nacional!

Foi doloroso (mais por demérito do FC Porto), mas algum dia haveria de chegar ao fim a bela invencibilidade. O Nacional nem necessitou de fazer um grande jogo: limitou-se a ser organizado a defender, mais agressivo que o adversário e a beneficiar dos erros individuais dos jogadores menos utilizados do FC Porto. Conclusão: deixámos de ter a cabeça a prémio! Mas agora é altura de olhar para trás: foram quase 5 meses sem qualquer derrota. Esta cultura de vitória que o FC Porto ostenta é única em Portugal. Notável!
A paragem terá chegado em boa altura para o FC Porto (o jogo da próxima semana, frente ao Marítimo, vai tirar todas as dúvidas), que chegou ao último jogo de 2010 com a auto-estima lá em cima mas com as pilhas meio-descarregadas. No entanto, as últimas exibições faziam prever que a derrota estava próxima.
Tendo sempre em mente a possível ultrapassagem ao Benfica em nº total de títulos conquistados pelos dois clubes (a vantagem benfiquista é neste momento de apenas 1 título: 67-66), estávamos curiosos para saber que postura iria o FC Porto assumir nesta competição. Com a derrota de ontem, o desafio (vencer todas as competições) que o treinador do FC Porto deixou a jogadores e adeptos sofreu um ligeiro revés. Nada de dramático tendo em conta o percurso que o FC Porto tem feito até aqui. O futuro próximo vai trazer títulos!
Positivo (+):
- a fiabilidade dos sempre discretos e eficientes Rolando e João Moutinho;
- a iniciativa que o FC Porto mais uma vez promoveu de abrir o 1º treino da época aos adeptos (estiveram no Dragão mais de 5 mil pessoas: fantástica empatia!);
Negativo (-):
- o FC Porto perdeu a invencibilidade, mas pode agora concentrar-se no essencial: a conquista dos títulos!
- o ‘ritmo de Taça da Liga’ que o FC Porto impôs no jogo;
- o individualismo de Hulk;
- perante a infelicidade de Kieszek e a exibição menos conseguida de Sereno (mais um que chegou ao FC Porto beneficiando da inútil política de tentar irritar os adversários, no caso o Vit. Guimarães), fica a ideia que talvez não se justificasse a aposta de Villas-Boas em alguns menos utilizados (os jogadores vinham de férias e nem sequer havia jogo a meio da semana…);

A «foto do dia» - Pôncio Monteiro e a TCE

Duas semanas depois de Pôncio Monteiro nos ter deixado, o ‘Paixão pelo Porto’ presta-lhe uma pequena homenagem recuperando uma foto onde podemos ver o ex-dirigente e dedicado adepto do FC Porto em pleno ‘cockpit’ do avião que trouxe a comitiva portista de Viena aquando da conquista da nossa primeira Taça dos Campeões Europeus (TCE).

«Curiosidades FCP» - O jogo da década (2000-2010)

Numa altura em que na imprensa abundam as listas com os melhores da década (jogos, jogadores, treinadores, golos,… ), o ‘Paixão pelo Porto’ também se associa a essas iniciativas e elege aquele que para nós terá sido o ‘melhor jogo da década’. Aliás, não será bem ‘o melhor da década’, mas aquele que gerou maiores e mais fortes emoções nos adeptos portistas, o FC Porto-Celtic de Glasgow, da final da Taça UEFA 2002/03. Inesquecível!
Aqui ficam mais algumas fotos e artigos alusivos ao histórico confronto de Sevilha.
- o suplemento que o escocês ‘The Herald’ editou sobre o jogo;
- o menu que foi distribuído antes da refeição às delegações e convidados do Celtic, do FC Porto e da UEFA;
- a bancada onde ficaram os adeptos do Celtic (e onde se vê um escocês usando o clássico ‘sombrero’);
- a bancada onde ficaram os adeptos do FC Porto;
- Capucho e Ricardo Costa com o troféu;
- dois adeptos escoceses envergando os famosos ‘kilts’;
- o «onze» do FC Porto que iniciou a partida;