segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sim, continuamos invencíveis!

Apesar da imprensa indígena ter sobrevalorizado a exibição do Sporting (não criou nenhuma oportunidade de golo nos mais de 20 minutos que jogou em superioridade numérica!), a verdade é que o FC Porto já ganhou mais de um ponto por jornada ao seu segundo maior rival. O resto são ‘fait-divers’!
No entanto, a vantagem para o segundo classificado caiu agora para os 8 pontos (na prática são 9). A margem continua a ser confortável e foi exactamente para fazer face a estas “escorregadelas” que o FC Porto cavou uma vantagem confortável durante o primeiro terço da Liga.
Não foi surpreendente a forma como o FC Porto se apresentou em Alvalade. Os jogos frente ao Portimonense e Moreirense tinham deixado um claro sinal de abrandamento. Além disso, a tensão e a ansiedade (sentia-se no ar uma certa impaciência pela vitória), que se fizeram sentir na semana que antecedeu o jogo frente ao Benfica, ficaram desta vez arredadas do ‘clássico’ de Alvalade, pelo menos do lado do FC Porto.
Os 5-0 ao Benfica pareceram mesmo o escalar definitivo da montanha. Isso fez com que a equipa se apresentasse em Alvalade demasiado serena. O ‘elan’ era diferente, ou seja, faltou alguma… inquietação! Por exemplo, a forma como Maicon abordou alguns lances é típica de uma equipa que entrou algo relaxada em campo. Foi um FC Porto algo vaidoso da sua condição de líder invencível!
Conclusão: o FC Porto perdeu 2 pontos na luta pelo título, mas saiu de Alvalade com o escudo da invencibilidade intacto, um estímulo extra que lhe vai permitir manter o ego e a auto-estima lá em cima.
Uma última nota para destacarmos as inacreditáveis palavras de Paulo Sérgio no final do jogo: criticou os elogios que o FC Porto recebeu após o jogo de Istambul (venceu 3-1 e terminou o jogo com 9 jogadores), quando a sua equipa não conseguiu criar uma única oportunidade de golo a jogar contra 10 jogadores (durante 25 minutos) em sua própria casa.
Positivo (+):
- o FC Porto saiu de Alvalade invencível e mantém uma distância confortável para o segundo classificado (em 2009/10, à passagem da mesma 12ª jornada, os primeiros classificados, Sp. Braga e Benfica, tinham apenas 3 pontos de vantagem sobre o segundo);
- a determinação que o FC Porto revelou até igualar o jogo (depois do intervalo, estivemos sempre por cima até ficarmos com 10 jogadores);
- a postura da equipa após a expulsão de Maicon (o FC Porto foi capaz de quebrar o ritmo ao jogo e manter a bola sempre longe do raio de acção de Helton);
- o sorteio da Taça confirmou o Natal “gordo” no Dragão, são 3 jogos consecutivos em casa: Vit. Setúbal (Liga), Juventude de Évora (Taça de Portugal) e CSKA Sofia (Liga Europa);
Negativo (-):
- a 1ª parte do FC Porto: durante esse período, a equipa não utilizou nem metade da agressividade e concentração que mostrou no jogo frente ao Benfica;
- Maicon: pelo excesso de confiança que revelou no lance do golo do Sporting (apesar do ‘off-side’ de Valdés) e no lance da sua expulsão (apesar de Liedson ter “cavado” a falta);
- Fernando: esteve desastrado no passe, o que colocou muitas vezes a defesa em apuros;
- talvez se justificasse a aposta de Villas-Boas num ‘4-4-2’, com Ruben Micael a fazer companhia ao trio habitual do meio-campo (é uma análise à posteriori, ou seja, é algo injusta, mas se Varela não estava a 100% e se o madeirense é neste momento o melhor suplente do FC Porto…);

«Curiosidades FCP» - A lesão do Eurico

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recordamos a grave lesão que impediu Eurico de continuar a vestir a camisola do FC Porto depois deste fantástico defesa-central ter contribuído decisivamente para os excitantes ‘anos 80’ que se viveram nas Antas e que coincidiram com o nascer do ‘FC Porto europeu’.
Eurico lesionou-se em Agosto de 1985, na 1ª jornada do campeonato nacional. O antigo defesa-central do FC Porto fracturou a perna num lance com o benfiquista Nunes, durante o último FC Porto - Benfica que disputou na sua carreira (nota: o FC Porto venceu esse jogo por 2-0, com golos de Juary e Fernando Gomes).
O eterno cúmplice de Lima Pereira no centro da defesa do FC Porto lesionou-se gravemente aos 17 minutos de um ‘clássico’ que acabou por marcar a sua despedida como jogador do FC Porto.
Recentemente, o nosso antigo defesa-central recordou o lance que o impediu de continuar a jogar ao mais alto nível. «O Nunes entrou de pé em riste. Quando alguém entra de maneira agressiva, nunca pensa que vai aleijar. Mas os riscos são sempre maiores. Eu afastei de carrinho e ele mete a bota por cima. Bastava que ele se encolhesse. Foi um lance evitável. Nunca fiz isso a ninguém. Nunca ataquei o adversário de pé em riste. E acredito sinceramente que não era para partir, mas se estás a conduzir na estrada de olhos fechados, arriscas-te a ter problemas.»
Eurico também não escondeu a mágoa pelo facto do antigo defesa-central do Benfica nunca ter dado mostras de arrependimento pela forma como abordou aquele lance. «Além de nunca ter feito um telefonema que fosse, ainda fez umas declarações públicas desagradáveis, qualquer coisa como ''não tenho culpa que ele seja fraco''. Enfim, a gente do futebol sabe que o Nunes não fazia faltas ao preço do combate físico. Era ao preço da maldade. Que ele tenha saúde na vida. E eu também. Mas não há nada a fazer.»
Depois da delicada operação e da longa recuperação que se seguiu, Eurico só regressaria aos relvados em Setembro de 1987, já com a camisola do Vit. Setúbal.
Em cima, recuperámos uma foto que regista a presença de Eurico na final da Taça dos Vencedores das Taças (FC Porto - Juventus), em Basileia. O antigo defesa-central do FC Porto atingiu nesse jogo um dos pontos mais altos da sua carreira, que prosseguiu em alta semanas depois com a presença no Campeonato da Europa ‘França 84’, sempre ao lado do amigo e inseparável companheiro de defesa Lima Pereira.

A «foto do dia» - O bilhete do Rapid de Viena - FC Porto, Liga Europa 2010/11

Desta vez, em vez de um ingresso de um jogo europeu já realizado, recuperamos um bilhete (custa 67€: bem caro!) relativo ao Rapid de Viena - FC Porto, a disputar na próxima Quinta-feira.
Será o segundo regresso do FC Porto ao Estádio Ernst Happel (antigo Estádio do Prater) após a mítica final de Viena. Esperemos que esta terceira visita (a segunda deu-se em 2002/03 e o FC Porto venceu o Áustria de Viena por 1-0) também seja prenúncio de algo especial, já que as duas primeiras ficaram associadas às conquistas da Taça dos Campeões Europeus e da Taça UEFA.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Poupadinhos!

Foi um regresso algo suave do FC Porto a uma prova na qual tem cada vez maior protagonismo (o FC Porto venceu 9 das edições da Taça de Portugal disputadas nos últimos 20 anos). Depois daquela jornada de preguiça frente ao Portimonense, voltámos a ter um FC Porto pouco dinâmico e ainda menos agressivo. A verdade é que a boa organização e disposição táctica da equipa têm chegado para levar de vencida estes últimos adversários menos cotados.
Ontem nem poderia ser de outra forma, pois este Moreirense, nos 8 jogos que realizou na Liga Orangina, marcou apenas 4 golos, um ‘score’ que o torna a equipa menos concretizadora dos campeonatos profissionais. Ainda assim, em sua casa ainda não tinha consentido qualquer golo e neste momento qualquer equipa quer ser pioneira (a primeira a derrotar o FC Porto!) e ficar no filme da época 2010/11. Basta ler as declarações que o técnico do Moreirense realizou antes do jogo: «Nós sabemos que se formos os primeiros a derrotar o FC Porto isso terá grande impacto na comunicação social e no nosso clube», confessou Jorge Casquilha.
Para o FC Porto, foi bom sentir a pressão de um jogo a eliminar e, ao mesmo tempo, poder começar a preparar a alternativa a Álvaro Pereira. Curiosamente, estes dois últimos jogos frente a adversários teoricamente mais acessíveis acabaram por coincidir com uma fase em que as lesões e os castigos condicionaram o jogo do FC Porto. Uma atenuante para as duas últimas exibições mais frouxas.
Agora, segue-se a visita a Alvalade. O FC Porto tem que abordar o jogo para vencer. Só dessa forma será possível salvaguardar um qualquer detalhe que durante o jogo nos possa ser desfavorável e, ainda assim, manter a invencibilidade na Liga.
Positivo (+):
- seria importante que o sorteio da próxima eliminatória da Taça de Portugal ditasse um jogo em casa; Se assim for, o FC Porto terá um Natal “gordo” com 3 jogos consecutivos no Dragão: Vit. Setúbal (Liga), adversário a designar (Taça) e CSKA Sofia (Liga Europa);
- Belluschi foi o jogador mais esclarecido do FC Porto (começa a ser irritante a relação intensa que teima em manter com os postes e a barra sempre que remata à baliza);
- a sagacidade de Falcão no lance do golo (o pouco dinâmico Walter dificilmente chegaria àquela bola);
- a organização e bom posicionamento que Villas-Boas trouxe à equipa permite-lhe manter a dinâmica de vitória mesmo sem jogar bem (há um ano atrás, por esta mesma altura, já o elogiadíssimo 'Benfica de Jesus' tinha sido derrotado 2 ou 3 vezes);
Negativo (-):
- os 3 avançados (Ukra, Hulk e Walter) que iniciaram o jogo foram quase sempre inconsequentes e nunca combinaram entre si;
- Emídio Rafael: errou passes fáceis e deixou sempre muito espaço nas costas (seria uma mini-surpresa se fosse titular em Alvalade);

«Curiosidades FCP» - A chegada de Aloísio a Barcelona

Como há algum tempo que não dedicava um ‘post’ ao Aloísio, hoje resolvi recuperar algumas fotos do ex-central do FC Porto com a camisola do Barcelona e recordar a sua chegada ao clube catalão.
Aloísio foi negociado com o Barça durante o Verão de 1988. Apesar do seu anterior clube, o Internacional de Porto Alegre, ter chegado a acordo com o Barça para a sua transferência antes do início da Liga espanhola, a verdade é que Aloísio só chegou à Catalunha depois do final dos Jogos Olímpicos de Seul. O ex-central do FC Porto foi um dos escolhidos por Carlos Alberto Silva (treinador que viria a reencontrar no FC Porto) para representar a Selecção Olímpica brasileira que conquistou a medalha de prata nesses JO (derrota com a União Soviética, por 2-1, na final do torneio).
Na Catalunha, Aloísio partilhou a linha defensiva do Barça com, entre outros, Julio Alberto, Urbano, López Rekarte, Alexanco e Ronald Koeman. A chegada do conceituado defesa holandês ao Barça, em 1989, terá sido um dos motivos para a menor utilização de Aloísio no «onze» e para a sua posterior saída do clube na época seguinte.
Apesar de ter representado o histórico clube espanhol durante duas épocas, Aloísio não conseguiu sagrar-se campeão de Espanha pelo Barcelona (era o tempo em que o Real Madrid, e a sua famosa ‘Quinta del Buitre’, ainda dominava o futebol espanhol). Ainda assim, o ex-central do FC Porto conquistou uma Taça dos Vencedores das Taças (vitória sobre a Sampdória, por 2-0, em 1988/89) e uma Taça do Rei (vitória sobre o Real Madrid, por 2-0, em 1989/90).
Depois disso, seguiram-se 11 (!) épocas consecutivas de azul-e-branco, o que lhe valeu o primeiro lugar no ‘top’ dos estrangeiros com mais jogos realizados pelo FC Porto no campeonato nacional, com a impressionante marca de 332 partidas realizadas. Notável!
Só para termos uma ideia do que esse número significa, basta referirmos que o segundo da lista, o sérvio Ljubinko Drulovic, soma “apenas” 195 jogos, ou seja, ficou a 137 jogos de distância de Aloísio. Isso já seria suficiente para o antigo defesa-central do FC Porto ser considerado um dos símbolos do clube, no entanto, os títulos que conquistou ainda reforçam mais o seu carisma e influência. Basta referir que o seu nome consta na restrita lista dos ‘pentacampeões’ (Aloisio, Rui Barros, Drulovic, Folha, Paulinho Santos e Jorge Costa).
Em cima, recordámos alguns momentos da passagem de Aloísio por Barcelona: com Johan Cruyff no dia da sua apresentação (1ª foto) e ao lado do guarda-redes camaronês Thomas N’Kono, a promover para a imprensa espanhola um sempre escaldante derby catalão entre o Espanhol e o Barcelona (3ª foto).

A «foto do dia» - “Soccer from the Shoulder”

Hoje voltamos a recordar Tommy Docherty, mais um dos conceituados técnicos estrangeiros que não foram capazes de interromper a privação de títulos que o FC Porto viveu durante o segundo maior jejum da sua história (nenhum campeonato nacional conquistado entre 1959 e 1978).
Este simpático e afável técnico escocês orientou o FC Porto durante a época 1970/71. No entanto, a sua passagem pelo nosso país foi curta, pois os maus resultados e a impaciência dos dirigentes (o FC Porto estava sensivelmente a meio daquela “seca” de 19 anos sem vencer o campeonato) acabaram por ditar o afastamento de Docherty ainda antes do final do campeonato.
Em cima, recuperámos a capa de “Soccer from the Shoulder”, um livro que resume o pequeno ciclo que Tommy Docherty viveu, no início da sua carreira enquanto jogador, ao serviço de 3 clubes britânicos: o Celtic de Glasgow, o Preston e o Arsenal (na capa do livro, Docherty surge com a camisola do clube londrino).

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Descomprimir!

Depois de ter atingido o clímax no jogo da semana passada, frente ao Benfica, o FC Porto corria agora o risco de ficar com poucos estímulos para o jogo frente ao Portimonense. Tal como tínhamos alertado a meio da semana anterior, o verdadeiro trabalho de André Villas-Boas ia começar agora. É preciso gerir o deslumbramento e alguma falta de motivação resultante da confortável vantagem pontual na tabela classificativa.
Nestas circunstâncias, o Portimonense até acabou por ser o adversário ideal para o FC Porto retomar a sua impressionante série de invencibilidade na Liga. Os algarvios correm muito, mas são algo desorganizados a defender e não possuem nenhum jogador que assuma e “agarre” no jogo a meio-campo. A irreverência dos jovens Candeias e Ivanildo nem chegou a fazer cócegas ao preguiçoso FC Porto de ontem. Com mais esta vitória, o FC Porto eleva a sua relação entre golos marcados e sofridos para um interessante ‘score’ de 27-4. Sendo agora esse o primeiro critério de desempate entre dois clubes igualados na tabela classificativa, isso significa que o FC Porto terá de perder 11 pontos para ser arredado do primeiro lugar. Excelente “almofada”!
Uma comparação: por esta mesma altura da época passada, o ‘FC Porto de Jesualdo’ estava a 5 pontos do primeiro classificado, já tinha sido derrotado duas vezes e apresentava um ‘score’ de 21-9 entre golos marcados e sofridos. Ou seja, menos 6 golos marcados e mais 5 sofridos!
Isto significa que o FC Porto de Villas-Boas já ganhou legitimidade para nos oferecer uma exibição menos exuberante como a de ontem.
Positivo (+):
- o golo de Walter (o avançado brasileiro continua um pouquinho pesado, mas tem respondido com golos sempre que é chamado a substituir Falcão);
- Belluschi e Ruben Micael: foram eles a resgatar o jogo da monotonia, descobrindo linhas de passe onde outros só viam pernas do adversário;
- poucos treinadores na Europa revelam tanta confiança nos habituais suplente como Villas-Boas tem revelado (o treinador do FC Porto dá-se ao luxo de não forçar a utilização de jogadores como Sapunaru, Maicon e Falcão);
- apesar do exibição menos conseguida, o FC Porto manteve a baliza inviolável (estamos a falar da defesa menos batida dos melhores campeonatos europeus!);
Negativo (-):
- a numerosa presença de público no Dragão (mais de 40 mil espectadores) merecia mais golos e uma postura mais séria e assertiva por parte da equipa;
- o ritmo médio/baixo que o FC Porto imprimiu durante todo o jogo fez com que a incerteza no resultado se prolongasse até aos… 89 minutos!;

«Curiosidades FCP» - A carreira do Flávio

Continuamos a recordar ex-jogadores do FC Porto que deixaram saudades nos adeptos. Hoje, recordamos a carreira de Flávio, o craque brasileiro que representou o FC Porto no início da década de 70 (chegou às Antas no início da época 1971/72).
Este avançado foi contratado ao Fluminense por 2375 contos, um valor exorbitante para a época mas que o FC Porto não hesitou em suportar como forma de responder à cada vez maior influência que Eusébio assumia no futebol português e no «onze» do nosso maior rival.
Apesar de não ter conseguido conquistar qualquer título com a camisola do FC Porto, Flávio acabaria por formar com Abel uma dupla de avançados que permanece na memória de muitos portistas.
Segundo uma edição especial da revista brasileira ‘Placar’,«Flávio é o oitavo maior goleador do mundo, com 1070 golos marcados durante toda a sua carreira».
Aqui ficam duas listas, uma com curiosidades sobre o Flávio e outra com todos os clubes que este fantástico ‘artilheiro’ brasileiro representou ao longo da sua carreira:
- Foi campeão gaúcho pelo Internacional de Porto Alegre em 1961;
- É um dos maiores goleadores da história do Corinthians, com 166 golos;
- Foi o melhor marcador do campeonato carioca de 1969 pelo Fluminense (é o quarto maior goleador da história do clube);
- Foi o melhor marcador do FC Porto em 1971/72 e 1972/73;
- Foi campeão brasileiro pelo Internacional de Porto Alegre em 1975;
- Foi o melhor marcador do campeonato brasileiro de 1975;
- Realizou vários jogos ao lado de Pelé como titular na Selecção brasileira;
Clubes que Flávio representou:
1961 - 1964: Internacional de Porto Alegre
1965 - 1969: Corinthians
1969 - 1970: Fluminense
1971 - 1974: FC Porto
1974 - 1976: Internacional de Porto Alegre
1976 - 1977: Pelotas
1977 - 1978: Santos
1978 - 1979: Figueirense
1979 - 1980: Brasília
Em cima, recuperámos algumas fotos que registam a passagem de Flávio por alguns dos clubes mais conceituados que representou durante a sua carreira: Corinthians (1ª foto), FC Porto (2ª foto) e Internacional de Porto Alegre (3ª foto).

A «foto do dia» - Um bilhete da época 1993/94

Como esta semana não há competições europeias, em vez de um ingresso de um jogo europeu recuperamos uma espécie de ‘Lugar Anual’ do antigo Estádio das Antas. Este ‘camarote’ deu acesso a todos os jogos do campeonato nacional 1993/94.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O ‘tiki-taka’ e o gerir do deslumbramento

Primeiro o ‘tiki-taka’: é evidente que este FC Porto tem muitas semelhanças com as equipas que ao longo das últimas décadas melhor conjugavam os resultados e o espectáculo (‘FC Porto de Mourinho’ e ‘FC Porto de Artur Jorge’). Na pré-época, escrevi aqui que os princípios de jogo de Villas-Boas seriam ideais para potenciar um meio-campo formado por Fernando, Moutinho e Belluschi (ou Ruben Micael). Na altura, ‘meio a brincar-meio a sério’, lembro-me de ter falado no ‘tiki-taka’, expressão que os espanhóis celebrizaram e que caracteriza o actual modelo de jogo do Barcelona e da Selecção espanhola. É claro que (ainda) é excessivo comparar o futebol do ‘FC Porto de Villas-Boas’ com o do ‘Barcelona de Guardiola’ (não o é se soubermos medir as exigências e salvaguardar as devidas proporções entre a liga espanhola e a portuguesa). O FC Porto até tem Hulk,… mas o ‘Barça tem Messi… E o FC Porto tem Moutinho e Belluschi… Mas o ‘Barça’ tem Xavi e Iniesta…
A certeza é que este futebol curto e de bola na relva encanta a crítica e o público. Um pequeno aparte: se Jesualdo Ferreira fez um trabalho fantástico com jogadores como Hulk, Falcão ou Álvaro Pereira, também é justo reconhecermos que Villas-Boas tem sabido potenciar as qualidades de jogadores como Sapunaru, Belluschi ou Maicon. E ainda não percebemos o motivo pelo qual o nosso maior rival continua a lamentar a saída de dois jogadores (Dí Maria e Ramires) quando o FC Porto perdeu dois alicerces do ‘tetra’: Bruno Alves e Raul Meireles. Que culpa tem o FC Porto que os seus adversários em Portugal não o consigam acompanhar?
Agora o deslumbramento: ok, este FC Porto joga muito à bola, mas agora fica a sensação que a montanha já foi escalada, pelo menos até à próxima fase da Liga Europa, ou seja, vem aí o trabalho mais difícil para Villas-Boas: saber gerir este momentâneo deslumbramento causado pela precoce qualificação para a fase seguinte da Liga Europa, pela estrondosa vitória sobre o Benfica e pelos 10 pontos de vantagem sobre o(s) segundo(s) classificado(s) da Liga.
É aí que entra a Liga Europa, que pode muito bem ser o estímulo que manterá o FC Porto desperto e alerta no campeonato. Aliás, quanto mais cedo chegar a fase de eliminatórias melhor. Este ‘super FC Porto’ vai precisar depressa de adversários europeus que o obriguem a crescer e a dar cada vez mais importância aos pequenos detalhes. Após este primeiro terço da época, abre-se agora um novo ciclo para o ‘FC Porto de Villas-Boas’. É a difícil fase de gestão do sucesso e das expectativas de quem só lá mais para a frente voltará a encontrar adversários que o coloquem verdadeiramente à prova.
Em cima, nas fotos, recuperámos mais alguns momentos da noite assombrosa do Dragão.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Com o Benfica às cavalitas!

Vamos começar pelo fim: há um ano atrás, por esta mesma altura, Jorge Jesus saiu de Alvalade (11ª jornada) com um empate (0-0), resultado que foi pretexto para o actual treinador do Benfica dizer que o Sporting ficava definitivamente afastado da luta pelo título (o Benfica saiu de Alvalade com uma vantagem de 11 pontos sobre o Sporting). Assim, foi com alguma surpresa que agora o ouvimos dizer que os 10 pontos de desvantagem para o FC Porto «são recuperáveis pois ainda estamos no primeiro terço do campeonato». Enfim, para Jesus 1 ponto faz toda a diferença!
Para o Benfica, esta derrota (a 7ª da época!) traz-lhe ainda mais inconvenientes na sua luta pela “verdade desportiva” (seja lá o que isso for!). Liderar a tabela dos comunicados emitidos começa a ser insuficiente para quem ostenta o maior orçamento de sempre para o Futebol.
E no final, quando questionado sobre se o FC Porto foi melhor que o Benfica, Jorge Jesus preferiu refugiar-se na noite imparável de Hulk. Ó Jesus, deixa-te de tangas, este FC Porto joga muito à bola. Ponto final!
Conclusão: o futebol (e a táctica, pois Villas-Boas voltou a ser mais astuto que Jorge Jesus) venceu a propaganda e a tagarelice.
Nota: hoje nem vou fazer destaques pela positiva e negativa (isso fica para meio da semana). Este foi o meu ‘post’ mais curto no rescaldo de um jogo do FC Porto. Há muito pouco para dizer, jogámos futebol TOTAL e o Benfica levou um banho de bola.

«Curiosidades FCP» - Os ‘clássicos’ em 1977/78

Em semana de FC Porto-Benfica, recuamos aos dois ‘clássicos’ que foram fundamentais na atribuição do título em 1977/78, época que coincidiu com o quebrar do nosso maior jejum no que à conquista de campeonatos diz respeito.
Em cima, recuperamos uma foto histórica. O protagonista é o brasileiro Ademir, aqui a celebrar um golo que ainda hoje muitos portistas consideram ser um dos mais importantes da história do clube. Um golo que permitiu ao FC Porto empatar (1-1) esse ‘clássico’ disputado nas Antas e manter o comando isolado de um campeonato que viria a vencer com recurso ao ‘goal-average’.
A segunda foto também é relativa à mesma época, mas ao ‘clássico’ disputado no Estádio da Luz, ainda durante a 1ª volta do campeonato. Nesse jogo, o ‘FC Porto de Pedroto’ conseguiu sair ileso da Luz e logo aí ganhar uma ligeira vantagem sobre o ‘Benfica de John Mortimore’.
Na foto, vemos Simões e Gabriel a realizarem um autêntico bloqueio ao benfiquista Nené. O empate (0-0) que se registou no final da partida permitiu ao FC Porto manter uma curta vantagem sobre o Benfica. Curiosamente, o nosso maior rival acabaria por terminar esse campeonato sem qualquer derrota, não conseguindo, ainda assim, ser campeão.

A «foto do dia» - Um dos primeiros cartões de sócio

Hoje recordamos um dos primeiros cartões de sócio (frente e verso) da história do FC Porto. Um objecto que remonta ao início do século XX (anos 20) mas que, em termos de formato e estética, não é assim tão diferente dos cartões de sócio que são utilizados actualmente. A maior diferença reside no facto de na altura os dados do associado (nome e nº de sócio) e a assinatura do presidente da direcção ainda serem escritos à mão.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Voltamos dentro de momentos

Está a ser uma semana algo atípica no Dragão. Não é estranho um jogo frente ao nosso maior concorrente na fase de grupos da Liga Europa ser relegado para segundo plano? É! Pelo menos até Cristian Rodriguez cometer um disparate e deixar a equipa algo assustada com a superioridade numérica dos turcos. Ou seja, um jogo que estava a ser relativamente tranquilo e de ritmo médio/baixo, como convinha ao FC Porto, passou a ser tenso e electrizante. Salvou-se o ‘objectivo qualificação’, mas o FC Porto desgastou-se mais do que aquilo que Villas-Boas pretenderia.
Ontem, o FC Porto abdicou de alguns habituais titulares de forma a gerir o momento mais excitante da época. No próximo Domingo, frente ao Benfica, não estarão apenas 3 pontos em jogo. Para o FC Porto de Villas-Boas, o ‘clássico’ é uma espécie de último teste no seu até agora imaculado caminho de afirmação. Ainda assim, garantir já ontem o apuramento para a fase seguinte da Liga Europa foi uma formalidade que o FC Porto não quis deixar de cumprir.
Julgamos que Bernd Schuster não estava a fazer ‘bluff’ quando, na recepção ao FC Porto, confessou que o Besiktas iria tentar qualificar-se em segundo lugar do grupo. Não tem apenas a ver com a actual diferença de potencial entre as duas equipas, mas sim com a consolidação do FC Porto desde o início da década de 80, altura em que Schuster vestia a camisola do Barcelona e connosco se cruzou. Mais uma vez, confirma-se que é no estrangeiro que o FC Porto continua a ser mais respeitado e reconhecido.
Agora, segue-se o tão ansiado ‘clássico’. Um jogo que o ‘FC Porto de Villas-Boas’ vai querer vencer (mesmo que um empate também nos deixe numa situação confortável) e, ao mesmo tempo, desfrutar. Ou seja, é pouco provável que no Domingo venhamos a encontrar um FC Porto demasiado mecânico e muito focado no resultado. Esta equipa já nos mostrou que os jogos são para ser abordados de forma descomplexada e desinibida. O Benfica que se prepare, pois este FC Porto gosta de se divertir e entreter o público!
Positivo (+):
- Falcão: desgastou-se imenso, mas a sua persistência foi premiada com uma grande-penalidade “cavada” pelo próprio;
- Hulk confirmou o grande momento de forma que atravessa, mas Villas-Boas "castigou-o" com a substituição depois da sobranceria que o ‘Incrível’ revelou num lance (a melhor jogada da noite!) que podia ter dado o segundo golo ao FC Porto;
- a raça e o empenhamento de Fucile voltam a deixar dúvidas sobre qual o lateral direito a utilizar frente ao Benfica;
Negativo (-):
- Cristian Rodriguez: sente-se que neste momento é um jogador algo irritado com a sua condição de suplente, mas foi a sua expulsão (que o próprio provocou!) que virou o jogo do avesso;
- a aposta em Guarín para a ‘posição 6’ (o colombiano é um “animal” que não pode estar “enjaulado” em tão curto raio de acção);
- notou-se que os níveis de concentração e de agressividade dos jogadores do FC Porto diminuíram, o que se deveu, naturalmente, à aproximação do jogo com o Benfica;

A «foto do dia» - Basileia a ‘preto-e-branco’

Em semana de Liga Europa, recuamos à nossa primeira presença numa final europeia com uma foto a ‘preto-e-branco’ da final de Basileia (vitória da Juventus, por 2-1). Os protagonistas são Vermelhinho (FC Porto) e Sergio Brio (Juventus), um conceituado defesa italiano que representou a «Vecchia Signora» durante mais de uma década, tornando-se um dos poucos jogadores italianos a vencer todas as competições da UEFA.

«Curiosidades FCP» - O bilhete do Partizan de Belgrado - FC Porto, Liga dos Campeões 2003/04

Mais um bilhete de um jogo europeu do FC Porto. Desta vez recuamos apenas 7 anos para recuperarmos o ingresso relativo ao primeiro jogo da caminhada que nos levou até Gelsenkirchen. Foi no Estádio Partizana, em Belgrado, que o ‘FC Porto de Mourinho’ iniciou a longa aventura na edição de 2003/04 da ‘Champions’.
Apesar de ter marcado primeiro, por intermédio de Costinha, aos 22 minutos, o FC Porto traria apenas um ponto da sua visita a Belgrado, isto porque Delibasic igualou a partida aos 54 minutos de jogo.
Nesse mesmo dia, o Real Madrid venceu (4-2) o Marselha no outro jogo do Grupo F.

«Curiosidades FCP» - Zico e Juary

Voltamos a dedicar um ‘post’ ao suplente mais famoso da história do FC Porto. Desta vez recuperamos uma foto de Juary ao lado do conceituado Zico. Os dois brasileiros cruzaram-se no ‘Calcio’ durante a época 1983/84, Juary ao serviço do Ascoli (o brasileiro mudou-se para as Antas dois anos depois) e Zico vestindo a camisola da Udinese.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Nem a chuva pára o FC Porto!

Desta vez resolvi fazer algo diferente. Como me atrasei a fazer o rescaldo do Académica-FC Porto (o jogo foi Sábado à noite e no Domingo não tive tempo de dar um saltinho à blogosfera), optei por fazer um breve resumo daquilo que foi escrito sobre o jogo noutros ‘blogs’ portistas que tenho por hábito visitar. Aqui ficam algumas opiniões e respectivos endereços na ‘net’ (nota: tomei a iniciativa de retirar apenas alguns excertos sobre aquilo que achei mais relevante):
«… A segunda homenagem, é aos adeptos do FC Porto que estiveram em Coimbra e em especial às claques. Com um tempo terrível, abalaram, aos milhares, até à cidade do Mondego e durante os 90 minutos não se calaram no apoio à equipa. Como portista só tenho que lhes agradecer - escusam de vir os puritanos, os certinhos, com a conversa do costume, que às vezes as claques fazem isto e mais aquilo. Nessas alturas merecem críticas, mas na maioria das vezes, como foi o caso de ontem, merecem fortes elogios. Com eles o FC Porto nunca caminhará sozinho.»
http://dragaodoente.blogspot.com/
«Nas bancadas despidas (apenas 8000 adeptos) já se perspectivava que o jogo ia ser interrompido, mas o árbitro não entendeu assim e achou que era possível jogar naquelas condições. Desta forma só num lance fortuito ou de bola parada o resultado podia ser alterado. À passagem dos 40 minutos nova carga de água se abateu em Coimbra e o relvado (que ia apresentando algumas melhorias) voltou a piorar… não havia nada a fazer, este jogo era para ser disputado na raça. Com o final do jogo notou-se claramente no semblante dos jogadores e treinador do FC Porto que não se tinham ganho apenas 3 pontos.»
http://reflexaoportista.blogspot.com/
«E um jogo sem futebol decide-se na garra e na sorte. Estando apenas um dos factores em discussão, em garra goleámos! Grande demonstração de vontade! O destino tem trazido ao FC Porto de Villas Boas os mais difíceis testes. Mas seja a jogar com 10 elementos, seja a jogar num pântano a equipa responde da mesma maneira: É para ganhar! E assim foi, apesar de algum azar e falta de tranquilidade na finalização. Escusávamos de ter de ler na capa de um certo jornal que fomos salvos pela barra. É óbvio que quem viu o jogo percebe que foi a Académica que foi salva pelas condições do terreno, pelo poste no penalti de Moutinho, pela lesão de Fernando e pelos falhanços de Hulk e Falcao. Mesmo sem futebol lutámos e merecemos vencer. Sem espinhas!»
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«Um golaço de Varela também pareceu saído de um jogo normal. Mas não foi. Normal só mesmo a vitória do FC Porto. Normal de novo a cretinice dos tvi's de ocasião, que fazem e desfazem ao longo do jogo, ensinam e estimulam, descrêem e acreditam, desfalecem e arrebitam, dão vitórias como certas (como em Guimarães...) e derrotas como garantidas até tudo ficar preso pelo fio da imponderabilidade, acrescida de condições inclementes de chuva e campo alagado, favorecendo ressaltos e trambolhões e até espicaçando a subjectividade do árbitro.»
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«Do jogo de ontem, há a elogiar a excelente atitude da equipa, combativa, guerreira, a lutar contra as adversidades de uma forma incrível e com grande espírito de entreajuda! Salientar nomes pode parecer injusto, pelo brilhante contributo de todos os jogadores. No entanto, não consigo deixar de evocar um nome que, não só neste jogo, mas em grande parte da época, tem sido um autentico “playmaker” da equipa com imensa classe e categoria. Um autentico “mágico”, que trata a bola com uma delicadeza e técnica invulgares. Depois de uma época intermitente e muitas “embirrações” de Jesualdo Ferreira, Beluschi está a tornar-se, do meu humilde ponto de vista, um dos jogadores mais importantes da “máquina ofensiva” de AVB! Que classe do argentino!»
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«O FC Porto procurou manter a bola longe da sua baliza, o que conseguiu na grande maioria do tempo jogado e apesar de tudo ainda foi a equipa que mais fez para ganhar o encontro.
Silvestre Varela decidiu o jogo ao marcar um belo golo, num remate à meia volta que traiu o guarda-redes contrário. Uma verdadeira pedrada no charco.Vitória trabalhosa, desgastante mas justíssima face ao volume de oportunidades criadas.
Sobre o jogo nada mais vale a pena acrescentar. Vale a pena é denunciar o péssimo trabalho da TVI, que não foi capaz de fazer uma transmissão decente, que nem as más condições climatéricas atenuam. À estupidez habitual dos comentadores de serviço juntou-se a incompetência técnica! Haja paciência!»
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«Curiosidades FCP» - A transferência de Seninho para o Cosmos

Recentemente recuperámos aqui uma foto de Seninho, o ex-avançado do FC Porto eternamente recordado por aqueles dois preciosos golos marcados em Old Trafford (derrota do FC Porto, por 5-2) que nos permitiram ultrapassar o Manchester United depois daquela sensacional vitória nas Antas, por 4-0, em eliminatória da extinta Taça dos Vencedores das Taças.
Hoje, recordamos a transferência de Seninho para o Cosmos, de Nova Iorque, e recuperamos duas fotos (na última surge de costas, com o nº 11 e o nome estampados na camisola) do ex-jogador do FC Porto com a camisola deste histórico clube da liga norte-americana.
Seninho rumou aos Estados Unidos no final dos anos 70 e já depois de se ter sagrado campeão nacional com o ‘FC Porto de Pedroto’, em 1977/78 (marcou 4 golos nessa histórica caminhada que nos levou ao título). Aqui ficam alguns excertos de uma entrevista que o ex-avançado do FC Porto concedeu à imprensa portuguesa:
«Em muitos livros e muitas reportagens, dizem que era o António Oliveira que era para ir para o Cosmos de Nova Iorque - e isso é verdade - mas eles já andavam de olho em mim. Viram-me nesse jogo (da Taça das Taças, frente ao Manchester United) e em mais 4 ou 5 e acabaram por escolher-me. Até vieram a Portugal certificar-se das minhas potencialidades. Mas, das cinco ou seis vezes que vieram, quiseram também avaliar o meu carácter, já que ia para uma equipa com 12 nacionalidades diferentes. E isso, há 30 anos, não era fácil. Primeiro tinha de estar o grupo, a equipa, e só depois os jogadores.»
Aquando da entrevista sobre a sua saída para o Cosmos, Seninho aproveitou também para recordar os dois históricos golos que marcou em Old Trafford: «No primeiro, fiz uma arrancada, driblei dois ou três adversários e rematei com o pé esquerdo. Como estava a chover ligeiramente, a bola ganhou muita velocidade quando bateu na relva e o guarda-redes não teve hipótese.» Já no segundo, o decisivo, tudo foi diferente: «Há um lançamento do Octávio, domino a bola, consigo deitar o guarda-redes e como tinha pouca posição, tentei enquadrar-me com a baliza, já que estavam dois adversários em cima da linha. Depois, enfiei a bola no buraco. O ambiente no estádio era de doidos. Os cânticos dos adeptos ingleses faziam estremecer o solo, mas quando peguei na bola e deitei o guarda-redes, ficou um silêncio arrepiante, até ao momento do golo. Inesquecível», confessou.

«Curiosidades FCP» - Madjer e o Racing Club de Paris

É um dos ex-jogadores do FC Porto a quem o ‘Paixão pelo Porto’ mais ‘posts’ tem dedicado. Falamos de Rabah Madjer, o argelino do calcanhar de Viena.
Hoje, recuperamos um ‘cromo’ que retrata a sua passagem pelo Racing Club de Paris, clube que Madjer representou entre 1983 e 1985 (antes de chegar ao FC Porto ainda jogou noutro clube francês, o Tours).
Uma curiosidade: no Racing, Madjer foi orientado por Victor Zvunka, histórico treinador francês que recentemente foi despedido do comando técnico da Naval.

A «foto do dia» - Gomes e Falcão

Esta é daquelas fotos que nem necessitava de comentários. Foi um dos momentos mais marcantes da cerimónia de entrega dos Dragões de Ouro: Falcão a receber das mãos do eterno nº 9 do FC Porto um merecidíssimo Dragão d’Ouro. A confirmá-lo estão as palavras que Pinto da Costa lhe dedicou na cerimónia da passada Quarta-feira, em Espinho: «Posso dizer-te o que já te disse no final de vários jogos. Tenho uma grande admiração por ti. Não só pelos golos, mas pela forma como trabalhas para os outros». Justo!