segunda-feira, 26 de abril de 2010

Será do sistema?

Pois é, a maior sequência de vitórias do FC Porto no campeonato coincidiu com a arrumação da equipa no ‘4-4-2’. O que não deixa de ser irónico é que foram as lesões e os castigos a “empurrar” Jesualdo para esta solução. Há males que vêm por bem!
Não pode deixar de ser considerado positivo que uma equipa tão pouco habituada a andar num decepcionante 3º lugar da classificação consiga continuar a jogar com motivação e alegria. Mas para isso também tem contribuído o futebol positivo que os últimos adversários do FC Porto têm praticado. Ao contrário do que aconteceu no jogo da 1ª volta, em que se limitou a defender para evitar uma goleada, desta vez o Vit. Setúbal apresentou uma postura mais desafiadora. Isso valeu-lhe 2 golos, mas sofreu 5!Neste momento, a maior virtude do ‘4-4-2’ do FC Porto é a de possibilitar a Guarín e a Belluschi jogarem mais próximos da área adversária, onde ambos podem aplicar o remate de meia-distância. Além disso, o meio-campo fica menos exposto à inferioridade numérica quando defronta equipas que também privilegiam este sistema. Agora, fica para o jogo com o Benfica o maior teste ao nosso '4-4-2'.
Positivo (+):
- a equipa parece cada vez mais confortável no ‘4-4-2’ (falta apenas corresponder com maior concentração defensiva ao futebol dinâmico e agressivo no ataque);
- o momento confiante que Guarín atravessa (é pena o colombiano não ter mais desenvoltura quando está na posse da bola; sobra-lhe em força o que lhe falta em agilidade);
- Falcão, que já ultrapassou os 25 golos marcados em todas as competições (uma marca notável na 1ª época do colombiano no futebol europeu); Negativo (-):
- as falhas de marcação no centro da defesa do FC Porto que originaram os dois golos do Vitória (seria diferente com Helton e Bruno Alves disponíveis?);
- apesar de atravessar uma fase goleadora, o FC Porto continua a permitir demasiadas oportunidades de golo ao adversário;
- o nervosismo de Jesualdo após o cartão amarelo mostrado a Falcão (não é dramático o colombiano ficar um jogo de fora e, além disso, o FC Porto jogará com 11 frente ao Benfica);

«Curiosidades FCP» - O Juary do Inter

Aproveitando a fantástica exibição que o Inter de José Mourinho realizou no jogo da 1ª mão da meia-final da ‘Champions’, recuperamos algumas fotos de um ex-jogador do FC Porto que, no início da década de 80, também representou os ‘interistas’, Juary.
O suplente mais útil da história do FC Porto representou o actual clube de José Mourinho em 1982/83. Depois de duas boas épocas ao serviço do Avellino (marcou 13 golos na ‘Serie A’ com a camisola deste modesto clube italiano), Juary foi contratado pelo histórico clube de Milão.
No entanto, as coisas em Milão não lhe correram de feição, pois devido à pouca utilização no «onze» (Alessandro Altobelli e Hans Muller eram os preferidos do técnico Rino Marchesi para formar a frente de ataque do Inter) Juary acabou por marcar apenas 2 golos na ‘Serie A’.
Recentemente, este ex-avançado do FC Porto confirmou isso mesmo em entrevista à imprensa portuguesa: «No Inter foi um ano para esquecer em termos de futebol, pois não consegui praticamente render nada. Aprendi muita coisa a nível humano, mas futebolisticamente não aprendi nada».
Logo na época seguinte, Juary seria cedido ao Ascoli. Antes de chegar ao FC Porto, em 1985/86, ainda representou outro clube italiano, a Cremonese.
Recentemente, o mais recordado 12º jogador da história do FC Porto regressou a Itália para orientar os Juvenis do Avellino. «Deixei uma marca e as pessoas ainda perguntam por que é que eu não volto a jogar para ajudar o clube, mas com 46 anos e dez quilos a mais já não dá. As pessoas gostam muito de mim», confessou o ex-avançado do FC Porto.
Em cima, recuperámos algumas fotos que marcaram a curta passagem de Juary pelo Inter de Milão. Na última (em cima), surge em pleno ‘Giuseppe Meazza’ a festejar um importante golo que marcou ao AZ Alkmaar na 2ª eliminatória da extinta Taça dos Vencedores das Taças (derrota do Inter, em Alkmaar, por 1-0 e vitória em Milão por 2-0, com golos de Juary e Altobelli).

A «foto do dia» - O ‘Anderlecht Sports’ de Março de 1994

Recentemente, recordámos aqui a eliminatória que o FC Porto disputou frente ao Anderlecht, em 1977/78, na extinta Taça dos Vencedores das Taças. Hoje, recuamos à segunda ocasião em que os dois clubes se cruzaram em competições da UEFA com a 1ª página de uma edição do ‘Anderlecht Sports’, que antecipava o reencontro dos belgas com o FC Porto em jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões 1993/94. Além de chamarem a atenção para o jogo da ‘Champions’ (colocaram na 1ª página as fotos dos técnicos do Anderlecht e do FC Porto: Johan Boskamp e Bobby Robson, respectivamente), os belgas também antecipavam o jogo do Anderlecht frente ao Beveren.
O FC Porto deslocou-se ao estádio ‘Constant vanden Stock’, em Bruxelas, na 3ª jornada da fase de grupos, tendo sido derrotado por 1-0 (golo de Luc Nilis, aos 88 minutos). A desforra ocorreu duas semanas mais tarde, com vitória nas Antas por 2-0 (golos de Drulovic e Secretário).

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Foi difícil,... durante 28 minutos!

Pois é, o Vitória até estava a ser o adversário mais complicado que o FC Porto encontrou nesta recente sequência de jogos que lhe proporcionaram 5 vitórias consecutivas, mas um ressalto de bola proporcionou a Hulk o primeiro golo do jogo e depois tudo mudou. Até esse momento, o Vit. Guimarães tinha mais posse de bola e melhor qualidade de passe, mas o FC Porto era mais incisivo e agressivo no ataque. Ou seja, essa atitude acabou por ser fundamental para concretizar o mais difícil: marcar primeiro! A partir daí, o FC Porto jogou como gosta e chegou mesmo a encostar o adversário às cordas nos últimos 20 minutos de jogo.
Apesar da sua posição na tabela estar praticamente definida (Benfica e Sp. Braga não desarmam), o FC Porto continua a colocar alegria e seriedade em campo. Menos mau!
Positivo (+):
- mais uma exibição segura de Beto (a fazer lembrar o primeiro ano de Helton no FC Porto, quando jogava quase sempre com concentração e entusiasmo);
- a obsessão de Falcão pelo golo;
- a disponibilidade física e a entrega de Álvaro Pereira (às vezes cansa só de ver o lateral uruguaio percorrer todo o flanco esquerdo);
- Fernando, que foi importantíssimo durante aquele período em que o Vitória não conseguiu fazer chegar a bola à baliza de Beto, ou seja, durante toda a segunda-parte!
- o apetite pelo golo que o FC Porto tem revelado (toda a gente quer marcar!);
Negativo (-):
- a irregularidade exibicional do trio de sul-americanos Valeri-Belluschi-Guarín, que tão depressa fazem um bom passe como logo a seguir perdem a bola de forma infantil (de falta de oportunidades não se podem queixar!);
- a 1ª parte do FC Porto (durante esse período, o futebol mais vistoso foi do Vitória);

«Curiosidades FCP» - O polivalente de Yustrich

O ‘Paixão pelo Porto’ continua a recordar antigas glórias portistas. Hoje, nas «Curiosidades FCP», vamos recuar à década de 50 para recordarmos Monteiro da Costa, um centro-campista generoso e extremamente versátil que foi fundamental no título que o FC Porto conquistou sob o comando técnico do brasileiro Dorival Yustrich, em 1955/56.
Nessa época, que marcou o final do primeiro grande jejum do FC Porto no que à conquista do campeonato nacional diz respeito, Monteiro da Costa foi dos mais utilizados por Yustrich no «onze» inicial (participou em 24 jogos, numa Liga com 26 jornadas).
Vamos aqui recordar o que foi escrito numa edição do «Cavaleiro Andante» dedicada a este antigo jogador do FC Porto:
«Monteiro da Costa é a energia personificada – quando joga. De temperamento combativo, sempre em acção, lutador destemido, o excelente «crack» do FC Porto derrama vigor em cada lance em que intervém. E de tal maneira se afirma a sua garra que, algumas vezes, dizem que ele chega a ser violento.
A verdade é que Monteiro da Costa é um jogador valente, duro, viril – apenas. O facto de estar constante e vigorosamente em luta, longe de merecer censuras só concorre, só devia concorrer, para que, em todos os sectores, mais apreciadas fossem as suas qualidades de atleta pundonoroso! António Henriques Monteiro da Costa tem conhecido todos os lugares dentro da equipa do FC Porto. Foi avançado-centro, interior, extremo, defesa lateral e central, e hoje, graças à insistência do seu treinador, é médio. E foi neste último lugar que mais se puderam vincar as qualidades que o distinguem. E de tal maneira que foi chamado à Selecção nacional – que é a suprema aspiração dos atletas.
Jogou contra a Áustria, a Argentina, duas vezes, e com a Turquia, pela equipa «A». Representando a «B», defrontou o Sarre (nota: é um dos 16 estados federados da Alemanha) e o Luxemburgo.»

A «foto do dia» - Alfredo Murça

Hoje, na «foto do dia», recordamos o recentemente falecido Alfredo Murça, um dos 4 jogadores, juntamente com Gabriel, Simões e Freitas, que compunham o célebre quarteto defensivo da equipa que interrompeu o longo jejum de 19 anos que o FC Porto passou sem vencer o campeonato nacional.
Murça chegou ao FC Porto, vindo do Belenenses, na época 1974/75. Nas Antas permaneceu até 1981, tendo conquistado, durante esse período, 2 campeonatos nacionais (1977/78 e 1978/79) e uma Taça de Portugal (1976/77).

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Mais uma final!

Não foi uma boa época mas o FC Porto continua na rota dos títulos. É evidente que uma possível vitória na Taça não apagará a má prestação no campeonato, mas é assim que se solidifica uma cultura de vitória. Nos últimos 11 anos, o FC Porto disputou 8 finais da Taça de Portugal. Actualmente, a nossa presença no Jamor começa a ser quase uma inevitabilidade!
Ontem, e depois do confortável 1-3 da 1ª mão, os jogadores do FC Porto poderiam cair na tentação de abordarem o jogo de forma mais despreocupada. No entanto, a equipa foi séria e ambiciosa. Primeiro a responder a um Rio Ave que jogou o ‘jogo pelo jogo’ e, já na segunda-parte, a colocar alegria e dinâmica no jogo, principalmente depois da entrada da dupla Hulk-Falcão. Além de serem dois agitadores, Hulk e Falcão acabam por contagiar os colegas com aquela permanente vontade de atacar e marcar golos.
Só não concordamos com Jesualdo Ferreira quando este diz que há jogadores que «continuam a crescer». Belluschi, Guarín, Tomás Costa e Valeri, por exemplo, só a espaços têm mostrado qualidade para permanecerem no FC Porto. Têm crescido, sim, mas pouco. Pelo menos para aquilo que é a actual exigência de representar o FC Porto.
Agora, segue-se o Desp. Chaves. Provavelmente o adversário mais acessível e modesto que o FC Porto já encontrou numa final da Taça de Portugal.
Apesar de ser o clube português que contabiliza maior número de finais perdidas (12), o FC Porto já é o segundo com mais finais disputadas (no final da época, ficaremos a apenas 6 finais de distância das 33 que o Benfica já disputou). A história continua!
Positivo (+):
- a postura e ritmo de jogo do FC Porto, que, apesar da vantagem tranquilizadora trazida de Vila do Conde, nunca baixou a intensidade do jogo;
- os golos de Belluschi e Guarín (o colombiano lá marcou depois de um sem número de tentativas frustradas de atingir a baliza em jogos anteriores);
- os homens que Jesualdo escolheu para formarem o meio-campo ofensivo do FC Porto: Valeri, Rúben Micael e Belluschi (um trio que, ao contrário do que acontece com jogadores como Guarín, Mariano e Tomás Costa, oferece à equipa mais inspiração e menos transpiração);
- a estreia tranquila e desinibida de David Addy;
Negativo (-):
- a reduzida presença de público no Dragão;
- a natural ausência de cumplicidade entre a dupla de ataque Orlando Sá-Farías;

A «foto do dia» - O bilhete da primeira visita ao ‘Vélodrome’

Hoje, recuamos ao 3º jogo da caminhada que levou o FC Porto a Gelsenkirchen com o ingresso que deu acesso ao Olympique de Marseille-FC Porto, disputado no Estádio Vélodrome a 22 de Outubro de 2003.
O FC Porto deslocou-se pela primeira vez a Marselha na 3ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões 2003/04. Esse jogo acabou por marcar o nosso percurso nessa edição da prova, pois até aí o FC Porto contabilizava apenas 1 ponto na fase de grupos (empate em Belgrado, com o Partizan, e derrota nas Antas, com o Real Madrid).
Ou seja, o ‘Vélodrome’ assistiu à nossa primeira demonstração de força na ‘Champions’ 2003/04. Uma vitória por 2-3 (Drogba aos 24’, Maniche aos 31’, Derlei aos 35’, Alenichev aos 81’ e Marlet aos 84’) permitiu ao FC Porto ascender ao segundo lugar do grupo, posição que não mais largou até ao final da 1ª fase da competição.

«Curiosidades FCP» - Um ‘sexteto’ de campeões

Foram os 6 fundamentais no primeiro bi-campeonato conquistado pelo FC Porto na liga portuguesa. Bela Andrasik (guarda-redes húngaro misteriosamente desaparecido do nosso país devido a ligações a grupos anti-fascistas), Slavkoo Kordrnya, Gomes da Costa, António Santos (‘cap.’), Franjo Petrak e Pinga formavam um célebre ‘sexteto’ que, sob o comando do húngaro Mihaly Siska, se sagrou bi-campeão nacional em 1938/39 e 1939/40.
Apesar dos 6 constituírem a “espinha dorsal” daquela célebre equipa do FC Porto, os maiores protagonistas do «onze» eram Pinga (o primeiro grande craque do futebol português) e a dupla Kordrnya-Petrak, dois croatas que jogavam em França (salvo erro, no Metz e no Roubaix, respectivamente) e que foram fundamentais naqueles dois títulos conquistados pelo FC Porto no final da década de 30.
Em cima (da esq. p/ dta.): Bela Andrasik, Slavkoo Kordrnya e Gomes da Costa;
Em baixo (da esq. p/ dta.): António Santos (‘cap.’), Franjo Petrak e Pinga;

segunda-feira, 12 de abril de 2010

(Ainda) temos Farías!

Depois de 2 ou 3 jogos em que deu a sensação que o novo ‘4-4-2’ do FC Porto parecia dar mais estabilidade e equilíbrio à equipa, voltámos aos mesmos defeitos que marcaram a maior parte dos jogos em que perdemos pontos na Liga: dificuldade em impor o nosso jogo e comprometedoras desatenções defensivas. Continua a ser suficiente para ganhar, mas a perda de pontos parece novamente iminente. Desta vez valeu à atenção de Helton e o excepcional oportunismo de Farías.
No entanto, a equipa continua exposta a demasiadas oscilações defensivas. Ao contrário do que acontecia na época passada, este ano os defesas laterais do FC Porto são bem melhores a atacar do que a defender. Miguel Lopes e Álvaro Pereira não têm a mesma cultura táctica e solidez defensiva de Cissokho e Fucile (este quando joga concentrado e respeita o adversário).
Entretanto, o Sp. Braga continua consistente e regular. Com jogadores cedidos (e pagos, nalguns casos!) pelo FC Porto, não deixa de ser surpreendente que o Sp. Braga consiga fazer melhor que o clube com maior orçamento da Liga. É preciso rever a nossa actual política de empréstimos. Isto é o FC Porto a provar do próprio veneno!
Positivo (+):
- Helton, que evitou que o Rio Ave inaugurasse o marcador e, já na 2ª parte, impediu o empate noutra bela intervenção;
- Bruno Alves, que foi o melhor do FC Porto a defender e o primeiro a empurrar a equipa para o ataque;
- a postura do FC Porto depois de marcar, continuando a jogar no meio-campo adversário e procurando o segundo golo;
- a importância de Fernando naquele período, após o golo, em que o FC Porto não deixou o Rio Ave aproximar-se da baliza de Helton;
- Farías, pelo golo (o argentino é o melhor avançado da Liga portuguesa a jogar... dentro da pequena área!);
Negativo (-):
- a 1ª parte do FC Porto (além do excesso de confiança, a equipa foi pouco agressiva e lenta sobre a bola);
- confirma-se o mau momento físico de Rúben Micael;
- as desatenções defensivas dos laterais Miguel Lopes e Álvaro Pereira;

A «foto do dia» - FC Porto 1985/86

Hoje, na «foto do dia», recuamos ao terceiro bi-campeonato da história do FC Porto com uma foto de um «onze» que Artur Jorge utilizou na caminhada que nos levou ao título em 1985/86.
Um «onze» do FC Porto que surgiu em campo com um equipamento alternativo bem diferente (para melhor!) daqueles que estamos habituados a ver nas últimas épocas.
Três curiosidades: - este «onze» é composto apenas por jogadores portugueses; - todos os que surgem na foto representaram o FC Porto durante pelo menos 3 épocas (impensável nos dias de hoje!); - nessa edição do campeonato, o célebre trio Futre-Gomes-Madjer foi responsável por 60% dos golos que o FC Porto marcou na prova (38 contra 64);
Em cima (da esq. p/ dta.): Eurico, Lima Pereira, Inácio, João Pinto e Zé Beto;
Em baixo (da esq. p/ dta.): Frasco, Fernando Gomes, Jaime Magalhães, Vermelhinho, Quim e Paulo Futre;

«Curiosidades FCP» - Taça de Portugal 1957/58

Em vésperas do FC Porto defrontar o Rio Ave, em jogo da 2ª mão das meias-finais da Taça de Portugal 2009/10, recuamos à edição de 1957/58 da competição com uma foto onde podemos ver Carlos Duarte e Osvaldo Silva a erguerem um troféu que o FC Porto conquistara apenas pela 2ª vez até então.
Naquela época, o FC Porto voltou a ser orientado por Dorival Yustrich, o grande responsável pelo regresso do clube aos títulos em 1955/56. No entanto, a perda do título para o Sporting teve como consequência a saída do carismático técnico brasileiro ainda antes do final da temporada. Para o seu lugar, a Direcção do FC Porto contratou outro brasileiro, Otto Bumbel, que acabou por ficar associado à conquista da Taça de Portugal.
Depois dessa vitória, o FC Porto teve que esperar 10 anos para voltar a erguer o troféu.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Guiados pela dupla Hulk-Falcão

Estão a ser o grande trunfo do FC Porto neste final de época algo atípico no que ao campeonato nacional diz respeito. Falamos da dupla Hulk-Falcão, que anda completamente obcecada pelo golo. De facto, o regresso de Hulk foi uma autêntica injecção de adrenalina no ataque do FC Porto. À constante procura do golo por parte de Falcão foi adicionada a urgência de Hulk no regresso aos relvados. Juntámos a fome à vontade de comer!
Frente a um Marítimo que se apresentou no Dragão sem a pressão dos pontos e com poucas preocupações defensivas, não foi surpreendente que o FC Porto tenha conseguido impor o tipo de jogo que privilegia: as transições rápidas. É com este tipo de adversários, que disputam os primeiros 10 lugares do campeonato, que melhor o FC Porto se sente quando joga no Dragão.
O resultado até poderia ter sido diferente (5-3 ou 6-4) se as duas equipas tivessem concretizado pelo menos metade das ocasiões que criaram. Excelente jogo de futebol!
Positivo (+):
- a cumplicidade e constante procura do golo da dupla Hulk-Falcão;
- o mais lindo golo (nas palavras do próprio) da carreira de Falcão, um prémio justíssimo pela entrega, dedicação e profissionalismo que o ponta-de-lança colombiano revela desde que chegou ao FC Porto;
- apesar do decepcionante 3º lugar na Liga, o FC Porto tem jogado com alegria e dinâmica bem razoáveis;
- a nova (e super-rápida!) reviravolta que o FC Porto conseguiu no resultado;
Negativo (-):
- a fase de menor fulgor físico que Rúben Micael atravessa;
- o futebol lento (no caso do colombiano) e sem chama (no caso do argentino) de Guarín e Belluschi (é pouco provável que esta dupla de sul-americanos vá permanecer no FC Porto na próxima época);
- aquela displicência de Fernando (que logo compensou com a sua habitual entrega e impetuosidade) que proporcionou o golo ao Marítimo;
- as desconcentrações defensivas do FC Porto, que desta vez foram compensadas por uma dupla de avançados insaciáveis (Hulk e Falcão) e uma abordagem ao jogo despreocupada e sem excessivo rigor defensivo por parte do Marítimo;

A «foto do dia» - Simões

Hoje recordamos um dos pilares defensivos do FC Porto nos anos 70, Simões. Este antigo defesa formou com Freitas uma das duplas de centrais mais célebres de toda a história do futebol português. Uma dupla que se complementava na perfeição e que foi o principal alicerce defensivo da equipa que se sagrou bi-campeã nacional com José Maria Pedroto, em 1977/78 e 1978/79.
Simões chegou ao FC Porto, vindo da Académica, na época 1974/75. Tinha apenas 23 anos e acabou por ficar nas Antas durante 9 épocas consecutivas. Aquando da sua saída, em 1983, o FC Porto já estava acautelado com uma nova geração de excelentes defesas centrais (uma tradição no clube!) que incluía, entre outros, Eurico, Lima Pereira e Eduardo Luís.

«Curiosidades FCP» - FC Porto 1979/80

Aproveitando o ‘post’ sobre o Simões (em cima), recuperamos duas fotos de dois «onzes» do FC Porto, da época 1979/80, onde surge aquele antigo defesa central.
Naquela época, sob orientação de José Maria Pedroto, o FC Porto procurava o primeiro ‘tri-campeonato’ da sua história. No entanto, viu o Sporting roubar-lhe essa possibilidade, acabando por terminar a Liga em 2º lugar (as duas equipas ficaram separadas por apenas 2 pontos).
1ª foto
Em cima (da esq. p/ dta.): Teixeira, Freitas, Simões, Romeu, António Oliveira e Fonseca;
Em baixo (da esq. p/ dta.): Duda, Frasco, Sousa, Fernando Gomes e Alfredo Murça;
Na Taça de Portugal e nas competições europeias as coisas não correram melhor para o FC Porto. Apesar de termos atingido a final do Jamor, fomos derrotados pelo Benfica, por 1-0, enquanto que na Taça dos Clubes Campeões Europeus não fomos além da 2ª ronda (eliminados pelo Real Madrid), isto depois de termos cometido a proeza de eliminar o AC Milan, em pleno San Siro (0-0 nas Antas e 0-1 em Milão).
2ª foto
Em cima (da esq. p/ dta.): Duda, Simões, Freitas, Gabriel, Romeu e Fonseca;
Em baixo (da esq. p/ dta.): Rodolfo, Frasco, Fernando Gomes, Alfredo Murça e Costa;