domingo, 30 de março de 2008

A uma vitória do Tri!

Tudo parece bem encaminhado para festejar o título no Dragão. Depois da vitória de hoje, a recepção ao E. Amadora pode marcar o início dos festejos do Tri. Se vencer o Estrela no Dragão, o FC Porto vai manter pelo menos 16 pontos de avanço sobre o segundo, ficando por disputar 15 pontos até final do campeonato. Ou seja, vitória no próximo jogo = tri-campeonato!
Mas para poder festejar o título em casa, foi preciso uma segunda parte à tri-campeão, no Restelo. Depois de um primeiro tempo com futebol previsível, o campeão voltou dos balneários com muita determinação e vontade de dar a volta ao jogo. Na segunda-parte, só o rapidíssimo Weldon impediu que o FC Porto jogasse em apenas 50 metros de campo. Nos últimos minutos, a pressão do FC Porto foi asfixiante, com Quaresma a liderar o assalto à baliza do Belenenses. Apesar do golo da vitória ter surgido nos últimos segundos do jogo, foi com naturalidade que o FC Porto conseguiu a reviravolta. Helton, Lucho, Lisandro e Quaresma foram os destaques do FC Porto. O guarda-redes brasileiro esteve sempre muito atento e seguro. Quaresma foi fundamental nos últimos 20 minutos, enquanto que os dois argentinos fizeram tudo bem...durante 90 minutos!
Agora, ficam a faltar 6 dias para o jogo do Tri. Nunca mais é Sábado!

«Curiosidades FCP» - Os clássicos na Luz nos anos 80

Foi uma década de ouro no que a clássicos diz respeito, entre Benfica e FC Porto, disputados no antigo Estádio da Luz. Nos anos 80, os clássicos na Luz eram a cereja no topo do bolo da luta pela supremacia no futebol português. Com as duas equipas a lutarem permanentemente pela primeira posição do campeonato, os clássicos levavam à Luz verdadeiras multidões de adeptos dos dois clubes, que durante essa década dividiram o protagonismo no nosso futebol. Até em termos de títulos esse equilíbrio foi evidente, durante toda a década de 80: 5 títulos para o Benfica e 4 títulos para o FC Porto. Nos clássicos disputados na Luz, esse equilíbrio foi menos evidente pois o FC Porto venceu apenas uma vez (0-1 com golo de Gomes em 1984/85) tendo-se registado quatro empates. Os 4 campeonatos ganhos pelo FC Porto, durante esse período, também estão associados a bons resultados no antigo Estádio da Luz. Em 1984/85, o FC Porto de Artur Jorge venceu na Luz por 1-0. Em 1985/86, um empate (0-0) deixou o FC Porto em vantagem, pois venceu nas Antas por 2-0. Em 1987/88, o FC Porto de Tomislav Ivic também empatou (1-1) na Luz, enquanto que em 1989/90, de novo com Artur Jorge, registou-se novo empate (0-0). Ou seja, sempre que foi campeão na década de 80, o FC Porto não perdeu na Luz. É curioso que o Benfica também se pode vangloriar do mesmo, ou seja, nas 5 vezes em que foi campeão, durante esses dez anos, só por uma vez não venceu o FC Porto na Luz, em 1988/89. Actualmente, apesar de jogados com menor tensão, os clássicos na Luz continuam a ser vividos com emoção redobrada pelos adeptos dos dois clubes. Aliás, ainda hoje o Benfica - FC Porto é o confronto futebolístico que mais vezes se disputou oficialmente na história do futebol português.

A «foto do dia» - Dois bilhetes do CSKA Moscovo - FC Porto

A «foto do dia» de hoje é um «2 em 1». Recuperamos dois bilhetes de duas visitas do FC Porto a Moscovo, para defrontar o CSKA. E, em ambas, o FC Porto venceu!
Os dois clubes defrontaram-se pela primeira vez na Champions na época 2004/05. O FC Porto, de Victor Fernandez, chegava à 5ª jornada da fase de grupos com o acesso aos Oitavos-de-final preso por arames. Para passar à fase seguinte, o FC Porto necessitava de derrotar o CSKA, em Moscovo, e o Chelsea, no Dragão. E assim foi! Depois de vencer os russos por 1-0 (golo de Benny McCarthy), o FC Porto derrotou (2-1) o Chelsea, no Dragão, e seguiu para os Oitavos.

A segunda visita a Moscovo deu-se na época 2006/07. Desta vez, com a melhor exibição da temporada, o FC Porto voltou a vencer o CSKA, discutindo, na última jornada, o primeiro lugar do grupo frente ao Arsenal. Se perdesse em Moscovo, o FC Porto seria obrigado a vencer os ingleses no Dragão e esperar que o Hamburgo vencesse os russos. Não foi necessário recorrer à máquina de calcular porque, com uma categórica vitória em Moscovo por 2-0 (golos de Quaresma e Lucho Gonzalez), o FC Porto garantiu uma vantagem confortável antes da última jornada do grupo. É curioso que, apesar de ter vencido os dois jogos em Moscovo, o FC Porto ainda não conseguiu vencer os russos no Dragão. Nessas duas épocas, registaram-se dois empates (0-0) na recepção ao CSKA. Reparem ainda que, apesar dos dois jogos se terem disputado num intervalo de 2 anos, o preço dos bilhetes é exactamente igual: 1500 rublos (aproximadamente 40 euros!).

sábado, 29 de março de 2008

Guardem o champagne...prá semana!

Quem diria, o Vit. Guimarães (!) é neste momento o primeiro obstáculo entre o FC Porto e o tri-campeonato. Depois de vencer o Marítimo por 1-0, o Vitória foi o primeiro a adiar a festa do Tri. Tudo se conjuga para que a festa se realize no Dragão, dentro de uma semana, ou em Setúbal, dentro de duas semanas. Sejamos realistas, será mais emocionante, e empolgante, poder festejar o título em nossa casa. Mesmo com perda de pontos no Restelo, a visita do E. Amadora pode marcar o início dos festejos do 23º título. A equipa, e os adeptos, mereciam que a festa se fizesse no Dragão. Há um certo romantismo nos títulos conquistados em casa!
Mesmo adiando o Tri para a visita a Setúbal, a conquista do campeonato, antes do jogo para a Taça, vai permitir que o FC Porto prepare com maior tranquilidade as meias-finais da prova, isto porque, emocionalmente, a equipa ficará mais estável. Aliás, a conquista do título vai trazer boas sensações (e recordações!) a todos. Já falta pouco rapazes!

«Curiosidades FCP» - O vencedor da 27ª corrida Porto - Lisboa

Hoje recordamos o vencedor da 27ª corrida Porto-Lisboa. Foi um dos melhores corredores de sempre do ciclismo português e do FC Porto: Sousa Santos (na foto). Só não foi um verdadeiro campeão porque lhe faltou vencer a Volta a Portugal (foi 2º classificado em 1952 e em 1957). Apesar do seu currículo apresentar essa lacuna, Sousa Santos coleccionou vários primeiros lugares em provas tão prestigiantes como a Volta a Portugal. Recuperamos uma dessas conquistas, a 27ª corrida Porto-Lisboa, que o ciclista do FC Porto venceu em tempo recorde. Os 42 corredores, que participaram na prova, iniciaram o percurso na Praça da Batalha, com a chegada a Lisboa a ser feita em pleno Estádio de Alvalade, onde a Federação Portuguesa de Ciclismo organizou um festival, que antecedeu a chegada dos ciclistas. Participaram na corrida as equipas do Sporting, do Sangalhos, do FC Porto, do Benfica, do Académico, do Águias de Alpiarça e do Salgueiros.
Além de Sousa Santos, também representaram o FC Porto na prova: Luciano de Sá, Artur Coelho, Emídio Pinto, Agostinho Brás, Carlos de Carvalho, Onofre Tavares, Carlos Pinheiro e Alberto Moreira «Coppi» (que não compareceu à chamada!). Sousa Santos não só venceu a corrida como estabeleceu um novo recorde, numa prova com muita tradição no nosso país e que naquele tempo condicionava a preparação dos ciclistas para uma nova época. No final da corrida, o ciclista do FC Porto mostrou-se eufórico com aquela conquista: "Estou muito satisfeito por ter ganho esta importante corrida e mais satisfeito por ter batido o «record» da prova. Ofereço esta vitória à nova direcção do meu clube, aos adeptos do FC Porto e ao meu director técnico, Aniçeto Bruno."

O «cromo do dia» - Ademir

Aos 83 minutos, do jogo da 2ª volta entre o FC Porto e o Benfica (época 1977/78), foi marcado o golo que garantiu um precioso empate (1-1) e que permitiu ao FC Porto manter a distância para o segundo classificado. Autor da proeza: Ademir. Essa partida foi importantíssima para o FC Porto, que não podia perder de forma a evitar a aproximação do Benfica e garantir um título que lhe fugia hà 19 anos.
Ademir Vieira nasceu no Brasil a 18 de Outubro de 1951. Chegou ao FC Porto na época 1975/76, vindo do Olhanense (na foto), mas só dois anos depois é que Pedroto apostou nele para fazer o lugar de Cubillas. Na altura, ficou célebre um meio-campo e ataque composto por, entre outros, Octávio, António Oliveira, Ademir, Duda, Seninho e Fernando Gomes.
Apesar de no início ter sido pouco utilizado no «onze» do FC Porto, Ademir seria fundamental na época 1977/78, tendo nesse período realizado 24 jogos e marcado 11 golos. É curioso que, segundo relatos da época, Pedroto tentou o seu regresso ao FC Porto em 1980, mas Ademir recusou deixar o clube para onde se transferiu depois de deixar as Antas, o Celta de Vigo.

terça-feira, 25 de março de 2008

Primeiro o Porto, depois o mundo!

Segundo o site do FC Porto, são agora 123 as delegações do clube espalhadas pelo mundo. Um número impressionante e revelador do sucesso do FC Porto nas últimas décadas. Em Portugal, sucedem-se as inaugurações, sendo de destacar, nos centros urbanos mais a Sul, o aumento de nº de delegações em Lisboa, Leiria e Faro (10 no total). Curiosamente, o distrito de Aveiro já tem mais delegações que o distrito do Porto. Actualmente, o FC Porto possui 21 delegações no distrito de Aveiro e 17 delegações no distrito do Porto. No pólo oposto, surgem Guarda, Portalegre e Évora, que não são representados por nenhuma delegação. O Norte Litoral continua a ser o bastião do clube, com mais de 75% das delegações, enquanto que distritos como Setúbal, Santarém e Beja têm apenas 1 delegação. Apesar de menos representado no Sul do país, nas regiões autónomas o FC Porto continua com a popularidade em crescimento, isto porque só nos Açores já existem 3 delegações (Ponta Delgada, Horta e Ilha Terceira). No resto do globo, destaque para as delegações do FC Porto nos Camarões (casa de Muyuka), na Índia (casa de Goa), na China (casa de Macau-China) e na Áustrália (casa de Sydney).
O polvo azul e branco continua a alargar os seus tentáculos!

A «foto do dia» - O «onze» de Kiev

Hoje recuperamos uma foto da equipa que venceu o Dinamo de Kiev, na 2ª mão das meias-finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus, época 1986/87. Apesar da curta vitória (2-1) trazida das Antas, o FC Porto não se atemorizou, perante o lotado Estádio Olímpico de Kiev, e voltou a derrotar os ucranianos por 2-1. Nessa altura, a equipa do Dínamo de Kiev era a espinha dorsal da selecção da União Soviética. Baltacha, Belanov, Blokhin, Zavarov, Demianenko, Kuznetsov, Mikhailitchenko e Yakovenko, entre outros, eram orientados pela 'velha raposa' Valeri Lobanovski e formavam uma equipa fortíssima, que no ano anterior tinha ganho a Taça das Taças, ao vencer o Atlético de Madrid na Final por 3-0.
Esta foto foi publicada numa revista alemã, alguns dias depois do jogo, e foi captada pelo já falecido Nuno Ferrari, do jornal "A Bola". Reparem que a foto surge autografada por cada um dos onze jogadores do FC Porto que iniciaram esse encontro. Destes onze, dois deles não estariam presentes na Final de Viena devido a lesão: Gomes e Lima Pereira.
Uma curiosidade: em todas as fotos, de equipas do FC Porto dos anos 80, João Pinto (em cima) e Paulo Futre (em baixo) surgem sempre em último a contar da esquerda.
Estádio Olimpico de Kiev, 95 000 pessoas. Relvado em mau estado e irregular.
Dinamo Kiev-1 FC Porto-2 (Mikhailichenko 13m; Celso 3m e Gomes 11m)
Em cima: Mlynarczyk, Eduardo Luís, Jaime Magalhães, Celso, Lima Pereira e João Pinto;
Em baixo: André, Gomes, Quim, Madjer e Futre;

«Curiosidades FCP» - O 'Record' de 4 de Fevereiro de 1975

Hoje recuamos 33 anos, com uma crónica do jornal 'Record' relativa a um Olhanense - FC Porto, época 1974/75. O jogo foi disputado no pelado do Olhanense, no velhinho Estádio Padinha, tendo o FC Porto vencido os algarvios por 2-1. Nessa altura, o FC Porto tentava manter-se na luta pelo título, enquanto que o Olhanense tentava fugir aos últimos lugares da tabela. O FC Porto apresentou-se no Estádio Padinha em 4-4-2 losângulo, com Cubillas no apoio aos dois avançados, Lemos e Gomes. Acabariam por ser os dois avançados, ainda durante a primeira parte, a garantir a vitória do FC Porto, tendo depois Renato reduzido para o Olhanense.
O jogo frente ao FC Porto também marcou a despedida de Manuel Oliveira do comando técnico do Olhanense. Apesar da rescisão do contrato já ter sido estabelecida na semana anterior ao jogo, o treinador do Olhanense ainda orientou a equipa frente ao FC Porto. "Fui eu que quis sair, quando me apercebi que poderia estar em causa o futuro da equipa", comentou Manuel Oliveira no final.
Nessa época, o FC Porto foi segundo classificado, a 5 pontos do Benfica, enquanto que o Olhanense não evitou a descida de divisão, tendo sido penúltimo.
Aqui ficam os «onzes» dessa partida:
Olhanense: Arnaldo; Alexandrino, Fernando, Guaraci e João Poeira; Lo Bello, Jesus, Rui Lopes e Ademir; Renato e Rocha;
FC Porto: Tibi; Murça, Rolando, Gabriel e Simões; Vieira Nunes, Marco Aurélio, Ailton e Cubillas; Lemos e Gomes;
Golos: Lemos aos 4', Gomes aos 16' e Renato aos 31'.

domingo, 23 de março de 2008

Os 50 golos de Lisandro Lopez

Só lhe falta 1 golo para atingir a marca de 50 golos com a camisola do FC Porto. Desde que chegou ao FC Porto, em 2005/2006, Lisandro já marcou 49 golos em todas as competições (incluindo jogos particulares) e prepara-se para atingir, ainda esta época, os 50 golos. Em 3 anos, o avançado argentino passou de 9 golos marcados, em 2005/06, para 25 golos marcados, em 2007/08. Com esta marca, já igualou Benny McCarthy, que na época 2003/04 também marcou 25 golos em todas as competições. Em super-forma, não surpreende que Lisandro tenha sido recentemente chamado à selecção da Argentina, após 13 meses de ausência, numa convocatória para um jogo particular com o Egipto, a 26 de Março no Cairo, que inclui também Lucho González. Lisandro estreou-se na selecção com o México, a 9 de Março de 2005. Agora, vai enfrentar a concorrência de Sergio Aguero, Julio Cruz e Fernando Cavenaghi (ficaram de fora Tevez e Crespo!) no ataque da celeste. Apesar da forte concorrência, esperemos que Alfio Basile, o seleccionador argentino, lhe dê uma oportunidade e o coloque na posição que lhe tem garantido mais golos: a ponta-de-lança.

A «foto do dia» - O bilhete do 'Wolves' - FC Porto (Taça UEFA, época 1974/75)

Hoje recuperamos o bilhete (custou 1 libra!) da 2ª mão da 1ª eliminatória da Taça UEFA, época 1974/75. O sorteio da 1ª eliminatória colocou no caminho do FC Porto o vencedor da Taça da Liga de Inglaterra dessa época, o Wolverhampton. Os ingleses disputavam a Taça UEFA depois de terem vencido o Manchester City, na Final da Taça da Liga, época 1973/74.
A 1ª mão foi disputada nas Antas a 18 de Setembro de 1974, tendo o FC Porto vencido confortavelmente os ingleses por 4-1 (Selvmal aos 3', Cubillas aos 37', Flavio aos 41', Bailey aos 63' e Fernando Gomes aos 69'). Apesar da diferença de 3 golos, o FC Porto tinha consciência que os ingleses, na 2ª mão, tudo fariam para anular essa desvantagem e passar à fase seguinte. E a verdade é que quase o conseguiam, pois só um golo do inevitável Cubillas garantiu ao FC Porto a vantagem no conjunto das duas mãos. Os 'Wolves' derrotaram o FC Porto, num jogo disputado no Molineux Stadium a 2 de Outubro de 1974, por 3-1 (Bailey aos 3', Cubillas aos 37', Daley aos 46' e Dougan aos 79') e conseguiram manter a eliminatória em aberto até aos últimos minutos de jogo. Apesar de ter seguido em frente, o FC Porto seria eliminado logo na eliminatória seguinte, pelo Nápoles. Os alemães do Borussia de Mönchengladbach venceram a competição ao derrotarem na final o Twente, da Holanda.

«Curiosidades FCP» - 6 figuras do FC Porto 86/87

Hoje recuperamos 6 jogadores que foram muito importantes no FC Porto dos anos 80: Madjer, Futre, Jaime Pacheco, Gomes, Zé Beto e Juary. Dos seis, o brasileiro Juary foi o que permaneceu no FC Porto menos tempo, apenas duas épocas. No pólo oposto, surgem Zé Beto e Fernando Gomes, que representaram o clube durante mais de 10 anos!
Encontraram-se os seis no FC Porto de Artur Jorge, época 1986/87, numa altura em que Madjer, Gomes, Futre e Juary assumiam maior protagonismo, enquanto que Zé Beto e Jaime Pacheco já não faziam parte das primeiras escolhas do técnico português. Na época seguinte, Futre e Juary já não fariam parte do plantel. Juary voltou ao futebol brasileiro, para representar a Portuguesa dos Desportos, e Futre transferiu-se para o Atl. Madrid de Espanha.
Actualmente, continuam todos ligados ao futebol, excepto Zé Beto que já faleceu. Madjer continua a fazer comentários para o canal de televisão Al Jazeera, Futre é um empresário ligado ao desporto, Jaime Pacheco é treinador de futebol e Juary orienta as camadas jovens dos italianos do Avellino. Fernando Gomes é o que acompanha mais de perto o quotidiano do FC Porto, sendo habitual vê-lo em algumas inaugurações de casas do clube espalhadas pelo país.

sexta-feira, 21 de março de 2008

A melhor defesa de sempre?

Quando faltam apenas 7 jogos para terminar a Liga, o FC Porto de Jesualdo Ferreira já tem um novo estímulo depois de garantida a conquista do Tri: ser a melhor defesa de sempre. Até este momento, o FC Porto sofreu apenas 8 golos e não poderá consentir mais de 3 para igualar o registo da época 1991/92, quando o FC Porto de Carlos Alberto Silva consentiu apenas 11 golos! Aliás, as duas épocas do técnico brasileiro são hoje uma referência quanto à solidez defensiva do FC Porto, isto porque na época seguinte (1992/93), o FC Porto voltou a sofrer poucos golos, apenas 17. O que é mais extrardinário é que essas duas marcas foram obtidas em campeonatos disputados por 18 equipas, enquanto que neste momento são apenas 16 clubes a disputar a Liga. O melhor registo, em campeonatos disputados por apenas 16 equipas, continua a pertencer ao FC Porto de Artur Jorge, que na época 1984/85 consentiu apenas 13 golos. Ou seja, para poder superar esta marca, o FC Porto de Jesualdo não pode sofrer mais de 4 golos até final da época, enquanto que, se quiser ficar com o melhor registo de sempre, na posse de Carlos Alberto Silva, não pode sofrer mais de 2 golos até final. Falta saber como vai a equipa reagir depois de matematicamente garantir o título.
Aqui ficam os melhores registos defensivos do FC Porto quando foi campeão:
1984/85: 13 golos sofridos (Liga com 16 equipas) - Artur Jorge
1989/90: 16 golos sofridos (Liga com 18 equipas) - Artur Jorge
1991/92: 11 golos sofridos (Liga com 18 equipas) - Carlos Alberto Silva
1992/93: 17 golos sofridos (Liga com 18 equipas) - Carlos Alberto Silva
1994/95: 15 golos sofridos (Liga com 18 equipas) - Bobby Robson
2005/06: 16 golos sofridos (Liga com 18 equipas) - Co Adriaanse
1987/88: 15 golos sofridos (Liga com 20 equipas) - Tomislav Ivic

«Curiosidades FCP» - A 'Celtic View'

Hoje regressamos ao inesquecível Celtic - FC Porto, da Final da Taça UEFA 2002/03, com a capa de uma edição da 'Celtic View' que antecipava a Final de Sevilha. A 'Celtic View' é a revista oficial do Celtic Football Club, é editada semanalmente e começou por ser distribuída em 1965, sendo ainda hoje considerada a mais antiga do Reino Unido. Actualmente, é a revista mais lida no futebol britânico, com uma média de 60 000 leitores semanais!
Foi Jack McGinn, o 1º Presidente do Celtic, a avançar com a ideia de publicar, num jornal, o dia-a-dia do popular clube escocês.
Em 11 de Agosto de 1965, estava nas ruas a primeira edição (em baixo) da 'Celtic View', ainda em papel jornal e sem o design, e a cor, que caracterizam as actuais edições da revista. A ´Celtic View', além de ser um meio de informação entre os adeptos e a equipa, também dá voz aos simpatizantes do Celtic, disponibilizando várias páginas onde é possível colocar questões aos responsáveis do clube, criticar a equipa e até propôr contratações de novos jogadores. Se a quiserem subscrever, aqui fica a morada: Celtic View, Celtic Park, Glasgow, G40 3RE.

A «foto do dia» - O cartaz promocional do FC Pedras Rubras - FC Porto (1954)

Hoje recuperamos um cartaz, do longínquo ano de 1954, que anunciou um jogo amigável entre o FC Porto e a sua filial nº 43, o FC Pedras Rubras. O jogo foi disputado no Campo Maria da Fonte e, apesar de defrontarem a Equipa B do FC Porto, os responsáveis do FC Pedras Rubras não quiseram deixar de realçar que seria «a maior tarde desportiva já há muito ansiada nesta progressiva localidade»! Reparem em alguns excertos do texto (em baixo, no cartaz): «Pedras Rubras-Porto é o grito dum povo verdadeiramente bairrista»; «Neste espectáculo tomará parte a inesquecível amplificação sonora Estrela Rádio que exibirá o seu mais moderno reportório e dará a todos os desportistas as melhores informações do dia».
É curioso que o FC Pedras Rubras foi fundado por José Maria Pedroto quando, com 10 anos de idade, foi viver com a família para aquela zona da cidade, onde, juntamente com um grupo de amigos, fundou o clube onde exerceu o cargo de Presidente e do qual foi capitão de equipa.

terça-feira, 18 de março de 2008

O único inegociável: 'El Comandante'!

Depois da eliminação na Champions, começaram os rumores no Dragão quanto à possível saída de alguns jogadores no final da época. O "blogger" não é imparcial nesta matéria. Lucho é inegociável!
Chegou ao FC Porto de forma tímida, mas cedo demonstrou personalidade para logo ser nomeado um dos capitães. Três anos depois, Luis Oscar González já assimilou a cultura do clube e é hoje um jogador muito respeitado pelos colegas e pelos próprios adversários. Arriscamos a dizer que é hoje o jogador com mais classe a jogar em Portugal. Ele retribui os elogios dizendo: "aqui (no Porto) sinto-me em casa". No ano passado fez uma declaração à imprensa portuguesa que é reveladora do seu caractér e personalidade: "Há muita gente por aí que trabalha muitas horas fazendo algo de que não gosta e que ganha muito menos dinheiro do que os jogadores de futebol, que fazem o que mais gostam. Não tenho razões de queixa por causa de um ou outro dia de descanso a mais ou a menos. Há gente que se levanta às quatro ou cinco da manhã para ir trabalhar e ganhar o sustento da família e nós trabalhamos três ou quatro horas por dia." O homem que tem o hábito de festejar os seus golos com a mão na testa, como quem avista alguém à distância, é hoje mais do que um «jogador à Porto». Não nos levem o Lucho!

«Curiosidades FCP» - A batalha de Pittodrie

Foi o último obstáculo que o FC Porto encontrou para chegar à sua primeira final europeia. A capa do programa oficial, que hoje recuperamos, diz respeito a essa autêntica batalha entre o FC Porto, de José Maria Pedroto, e o Aberdeen, de 'Sir' Alex Fergunson. Uma revista ("The Don") com 32 páginas antecipava a 2ª mão das meias-finais da Taça das Taças, época 1983/84 (na outra meia final: Juventus-Manchester Utd).
Depois de vencer os escoceses nas Antas por 1-0 (golo de Gomes aos 14m), o FC Porto visitava Pittodrie com justificados receios devido ao poderio do Aberdeen nos jogos em sua casa. Os escoceses, orientados por Alex Fergunson, tinham vencido a competição no ano anterior, quando derrrotaram (2-1) o Real Madrid na Final. Nessa altura, o Aberdeen era considerada a 3ª melhor equipa do Reino Unido, atrás de Liverpool e Manchester Utd. Alex McLeish, Gordon Strachan e o lendário guarda-redes Jimmy Leighton, eram os cabeças de cartaz do plantel. Na época anterior, os escoceses tinham vencido o Bayern de Munique e o Real Madrid, e chegavam às meias-finais da prova com o excelente score de 8 golos marcados, em sua casa, nas eliminatórias anteriores. A 2ª mão disputou-se a 25 de Abril de 1984, em Pittodrie. Numa noite cerrada de nevoeiro e num estádio super lotado, o FC Porto conseguiu suster a pressão inicial dos escoceses e chegar ao intervalo empatado (0-0). Já na segunda parte, e depois de "adormecer" o Aberdeen, o contra ataque do FC Porto deu os seus frutos. Depois de recuperar uma bola a meio campo, Vermelhinho rematou para um fantástico “chapéu” ao guarda-redes escocês. Estavam decorridos 76 minutos de jogo e o FC Porto acabava de se qualificar para a sua primeira final europeia.

A «foto do dia» - Duas gerações do Ajax

Recentemente recordámos a eliminatória da Taça dos Campeões Europeus, entre o FC Porto e o Ajax de Marco Van Basten, relativa à época 1985/86. Na «foto do dia» de hoje, recuperamos uma imagem do início dos anos 80. A foto é apenas uma curiosidade.
Recuperamos duas gerações de futebolistas da fantástica escola do Ajax de Amesterdão. Ao lado do jovem Marco Van Basten surge um miúdo das escolinhas do clube de Amesterdão. Apesar de nunca terem jogado juntos (a diferença de idades é considerável), Van Basten orientou recentemente, na Selecção da Holanda, o jovem que surge a seu lado na foto. Sabem quem é o miúdo ao lado do conceituado ponta-de-lança? Deixamos uma pista: já se cruzaram os dois com o FC Porto, um na Taça dos Campeões Europeus (Van Basten) e o outro na Liga dos Campeões, quando jogava no Barcelona.

domingo, 16 de março de 2008

E passou mais uma jornada!

Vamos começar pelo fim. Passou mais uma jornada e agora só faltam 7 pontos!!!
Apesar da vitória (1-2) frente ao Leixões, durante grande parte do jogo o FC Porto foi sofrível, jogou aos repelões e com muitos jogadores distantes do jogo. Falta saber o verdadeiro motivo para essa atitude. Ansiedade na antecâmara do Tri ou ressaca da eliminação da Champions? Julgamos que a eliminação da Champions League foi o principal motivo para a ausência de alegria no jogo dos campeões e pelos vistos, a ressaca vai continuar!
Não será fácil a Jesualdo motivar a equipa para defrontar adversários teoricamente mais acessiveis quando a conquista do campeonato está mais que garantida. Se não fosse a meia-final da Taça, a época do FC Porto teria terminado depois do jogo frente ao Schalke.
Hoje, a equipa foi preguiçosa e só nos últimos minutos deu a volta ao jogo. De qualquer forma, nos primeiros 20 minutos só por alguma falta de sorte, e por consecutivas distrações do árbitro auxiliar, o FC Porto não marcou. Valeu pelos 3 pontos e pela reviravolta no marcador.

O «cromo do dia» - Américo

Hoje, recordamos o "guarda redes suícida", que assim ficou conhecido devido à forma destemida como abordava os lances.
Américo, de nome completo Américo Ferreira Lopes, nasceu em Santa Maria de Lamas a 6 de Março de 1933. Apesar de ter representado o FC Porto num período difícil, ainda conquistou um Campeonato Nacional e uma Taça de Portugal (com exibição fantástica na Final!), pois tinha acabado de chegar ao clube quando o FC Porto conquistou o título nacional de 1958/59, sob o comando de Bella Guttmann. Nessa altura, Américo era o terceiro guarda-redes do FC Porto e só mais tarde, em 1963/64, assumiu definitivamente a titularidade. Anos antes, os também conceituados Pinho e Acurcio dividiam o protagonismo na baliza do FC Porto, com Américo a ser por vezes preterido na lista de convocados. É curioso que, durante esse período, o FC Porto teve no seu plantel 3 dos 5 melhores guarda-redes portugueses da sua história: a Pinho, Acurcio e Américo só faltou juntar Barrigana e Vitor Baía!
Depois de Américo assumir a titularidade, nos 5 anos seguintes não mais largaria a baliza do FC Porto, oferecendo-nos durante esse período grandes exibições que ainda hoje fazem com que o seu nome conste em várias listas dos 10 melhores guarda-redes de sempre do futebol português. Como nessa altura o FC Porto atravessou um período sem títulos, na Selecção Nacional o valor de Américo nunca foi devidamente reconhecido. Alcançou apenas 15 internacionalizações, mas acabou por ser um dos três únicos jogadores do FC Porto a estar presente na fantástica campanha que os 'magriços' realizaram no Campeonato do Mundo de 1966, em Inglaterra. Uns anos mais tarde, o próprio seleccionador nacional mostrou-se arrependido por não ter dado mais utilização ao guarda-redes do FC Porto, isto depois das boas exibições de Américo antes da fase de apuramento para o Mundial de Inglaterra. Acabou por regressar à baliza da Selecção Nacional em 1967, só perdendo a titularidade para o jovem promissor Damas, que nessa altura já demonstrava grande potencial.
Américo terminou a carreira no final da época 1969/70, com 36 anos, devido a uma grave lesão num joelho.

A «foto do dia» - FC Porto 1978/79

Na época anterior, o FC Porto tinha terminado um longo jejum sem vencer o campeonato nacional, naquele que para muitos portistas ainda é hoje considerado o campeonato mais importante da história do clube. Provando que essa conquista não fora obra do acaso, o FC Porto seria novamente campeão na época seguinte (1978/79), num celebradíssimo bi-campeonato conquistado sob o comando de José Maria Pedroto.
A foto que hoje recuperamos diz respeito a um «onze» do FC Porto dessa época. Depois de ter vencido o campeonato de 1977/78 em igualdade pontual com o Benfica (o FC Porto levou a melhor na diferença entre golos marcados e sofridos!), o FC Porto voltou a superar os encarnados na época seguinte, mas desta vez com 1 ponto de avanço sobre o eterno rival. Nessa época, o FC Porto venceu 21 jogos, empatou 8 e foi derrotado apenas 1 vez (em Braga por 3-1). O jovem ponta-de-lança Fernando Gomes e o irreverente António Oliveira, seriam responsáveis por 43 dos golos do FC Porto dessa época!
Aqui fica o plantel e marcadores desse campeonato:
Guarda-redes: Fonseca, Joaquim Torres, Rui, Zé Beto;
Defesas: Gabriel, Simões, Adelino Teixeira, Alfredo Murça, Vieirinha, Freitas, Lima Pereira;
Médios: Frasco, Rodolfo, Duda, Costa, Octávio, Óscar, Quinito, Marco Aurélio, Carvalho;
Avançados: António Oliveira “cap.”, Fernando Gomes, Jairo, Vital, Serginho, Toninho Metralha, Gonzalez;
Golos: Fernando Gomes (27), António Oliveira (16), Duda (5), Vital (5), Marco Aurélio (3), Costa (3), Gabriel (2), Frasco (2), Rodolfo (2), Lima Pereira (1), Óscar (1).

quarta-feira, 12 de março de 2008

O desafio da 3ª época

Jesualdo será o 3º treinador a fazer a 3ª época consecutiva, durante a presidência de Pinto da Costa, no comando técnico do FC Porto, e já tem um desafio: fazer melhor que Artur Jorge e Fernado Santos que, na 3ª época, não conseguiram ser campeões!
Apesar de a fasquia agora ficar mais alta, não é fácil receber a confiança de Pinto da Costa para treinar o FC Porto na terceira época consecutiva, um privilégio que o Presidente só deu a Artur Jorge e Fernando Santos. Merecerá Jesualdo essa confiança? Mesmo que não vença a Taça de Portugal, o FC Porto mostrou melhorias relativamente à época anterior. O bom futebol manteve-se e comparando, por exemplo, com o FC Porto de Co Adriaanse, a equipa está neste momento muito menos exposta ao erro e, enquanto que com o holandês o futebol do FC Porto não tinha uma característica que saltasse à vista, com Jesualdo o FC Porto tem princípios de jogo bem definidos: segurança defensiva e transições rápidas para o ataque!
Apesar de ambos os treinadores privilegiarem o golo e o futebol de ataque, com Jesualdo Ferreira a equipa ficou mais equilibrada e rigorosa. Apesar de Co Adriaanse ter vencido campeonato e Taça de Portugal, o FC Porto nessa altura era capaz do melhor e do pior. Por isso, na próxima época não são de esperar surpresas quanto ao futebol praticado pelo FC Porto. É previsível que a equipa mantenha a qualidade de jogo sempre de mão dada com a segurança defensiva. Quanto ás imprevisíveis eliminatórias da Liga dos Campeões, será ingrato julgar Jesualdo por duas eliminações nos Oitavos-de-final. Depois da fase de grupos, a sorte é preponderante para ficar entre os 8 melhores da Europa e essencial para chegar à Final.

«Curiosidades FCP» - O FC Porto de Cristiano Pereira

Desta vez, nas «Curiosidades FCP», vamos deixar o universo do futebol para recuperarmos um ano (1986) que marcou o Hóquei em Patins português, numa altura em que o FC Porto era orientado por Cristiano Pereira (na foto), actualmente um dos símbolos do clube. Cristiano Pereira conta no seu currículo com inúmeros títulos nacionais e internacionais. No FC Porto, como treinador, foi quatro vezes campeão nacional e sagrou-se campeão europeu, em 1986, com a equipa mais forte de todos os tempos do Hóquei em Patins português.
Na Taça dos Campeões Europeus dessa época, o FC Porto deu uma impressionate demonstração de classe e querer, numa caminhada ainda hoje recordada por todos. Nas meias-finais da prova, o adversário foi o Barcelona. A 1ª mão, deste autêntico clássico do Hóquei em Patins, foi disputada no Palau Blau Grana em Barcelona, num jogo onde o FC Porto conseguiu suster a força dos catalães, que nessa altura eram considerados a melhor equipa do mundo. No final, um empate (5-5) dava legítimas esperanças de passagem à Final da competição. Na 2ª mão, perante um Pavilhão Américo de Sá apinhado de gente, o FC Porto venceu os catalães por 6-4 (?), num jogo em que o Barça até marcou primeiro.
Na Final, os homens orientados por Cristiano Pereira defrontaram o campeão de Itália, o Novara, onde jogavam alguns hoquistas conceituados, como o guarda-redes Piemontesi, o Bernardini, o Dal Lago, o Massimo Mariotti e o Colamaria, entre outros. A final despertou um enorme interesse junto da massa associativa do FC Porto e junto dos seus dirigentes, tendo o próprio Pinto da Costa feito questão de viajar com a equipa para Novara. Depois de uma vitória, por apenas dois golos de diferença, na 1ª mão disputada no Pavilhão Américo de Sá, o FC Porto deslocou-se a Novara, onde o esperava um ambiente de cortar à faca, com os adeptos e jogadores do campeão italiano a provocarem constantemente os hoquistas do FC Porto. Ao intervalo, o ambiente no pavilhão acabou por fazer mossa, com o marcador a registar 5-1 para o Novara! Foi altura de Pinto da Costa se deslocar ao balneário e dizer que tinha ido a Novara buscar a Taça e não para assistir a um carrosel dos italianos. O que é certo é que as palavras do Presidente, e os incentivos de Cristiano Pereira, deram os seus frutos e a 3 minutos do final do jogo o FC Porto vencia por 7-5! Uma autêntica reviravolta que ainda enfureceu mais os italianos e que obrigou o árbitro da partida a terminar o encontro, depois do arremesso de vários objectos para o ringue. Esse jogo, ainda é hoje recordado como um clássico do Hóquei em Patins europeu e mundial.
Aqui fica o fantástico plantel que foi Campeão da Europa em 1986:

Domingos Guimarães (Guarda-redes)
Franklim (Guarda-redes)
Carlos Realista
António Alves
Vítor Hugo
Tó Neves
António Vale (Capitão de Equipa)
Domingos Carvalho
Vítor Bruno
Luís Almas
Treinador: Cristiano Pereira

A «foto do dia» - O bilhete do FC Porto - Flacara Moreni (Taça UEFA, época 1989/90)

Mais um bilhete das competições europeias. Desta vez, recuamos até à época 1989/90, com o FC Porto de Artur Jorge a defrontar, na 1ª eliminatória da Taça UEFA, os romenos do Flacara Moreni.
O bilhete diz respeito ao jogo da 1ª mão, disputada no Estádio das Antas a 13 de Setembro de 1989. Nesse jogo, o FC Porto venceu os romenos por 2-0 (Zé Carlos aos 36' e Branco aos 56') garantindo uma vantagem confortável para o jogo da 2ª mão.
Apesar dos romenos serem fortes em casa, no segundo jogo o FC Porto voltou a vencer, desta vez por 2-1. Jaime Magalhães inaugurou o marcador aos 21 minutos, tendo os romenos empatado por Beldie, aos 52 minutos. A vitória surgiu apenas a um minuto do apito final com um golo de Rui Águas, que nesse ano cumpria a sua segunda época no FC Porto.
O FC Porto caiu nos Quartos-de-final da competição, ao pés do Hamburgo e depois de ter eliminado o Valência nos Oitavos. Nessa época, a Juventus, de Rui Barros, venceu a Taça UEFA derrotando na final a Fiorentina, de Roberto Baggio.

domingo, 9 de março de 2008

Só faltam 10 pontos!

São agora 14 pontos de diferênça para o segundo classificado. Ou seja, ao FC Porto basta-lhe vencer 3 jogos e empatar 1 para ser campeão. Apesar de só ter 3 jogos em casa até final do campeonato, o FC Porto disfruta de margem suficiente para festejar o Tri já em Abril.
Hoje, depois do esforço e do bom jogo frente ao Schalke, veio ao de cima a organização da equipa que, mesmo a jogar a passo, foi sempre segura e nunca colocou em perigo os 3 pontos conquistados. Apesar da magra vitória (1-0), o FC Porto nunca vacilou e foi uma equipa pragmática. Sabendo que se poderia ressentir do esforço de Quarta-feira, a equipa optou por um ritmo pausado esperando depois que um lance de inspiração lhe permitisse chegar à vantagem. Quaresma assumiu essa responsabilidade!
Depois do jogo de hoje, o FC Porto já não sofre golos desde a visita a Alvalade, o que reflecte bem o trabalho de casa, e os princípios de jogo, do Professor Jesualdo. Notável consistência defensiva!
Segue-se agora a visita ao vizinho Leixões. Um jogo que no passado já foi um clássico e que certamente fará recordar velhas rivalidades entre os dois clubes.

A «foto do dia» - A equipa de Ciclismo do FC Porto de 1951

Hoje recuperamos uma foto da equipa de ciclismo do FC Porto de 1951 e aproveitamos para desejar um rápido regresso ao clube desta histórica modalidade. Foi uma década de sucesso para o ciclismo do clube em participações na Volta a Portugal. Durante esse período, o FC Porto foi 5 vezes campeão colectivo (em 1950, 1952, 1955, 1958 e 1959) e 3 vezes campeão individual (em 1950, 1952 e 1959) com Dias dos Santos, Moreira de Sá e Carlos Carvalho.
Ainda hoje, o FC Porto é o clube com mais títulos de vencedor da maior prova do ciclismo português. Os ciclistas do FC Porto venceram a Volta a Portugal por 12 vezes. O FC Porto lidera o ranking de conquistas individuais e colectivas com 23 títulos (12 individuais + 11 colectivos), logo seguido do Sporting com 22 títulos (9 individuais + 13 colectivos). Os adeptos do clube, e do ciclismo em geral, mereciam o regresso do FC Porto à modalidade. Ainda recentemente, ao confessar o seu portismo, o ciclista Cândido Barbosa comentou que recebeu uma mensagem de incentivo de Pinto da Costa, durante a Volta a Portugal: "Fui umas três vezes ao Dragão. Na inauguração, num jogo da Selecção e noutro entre o FC Porto e o Chelsea. Mas recebi uma mensagem do "meu" presidente, do FC Porto, a dar-me força para tentar ganhar a Volta a Portugal. Quando posso, também transmito isso à equipa de futebol, através do meu conterrâneo Rui Barros."
O FC Porto tem tudo para fazer regressar a modalidade ao clube: a história, a paixão dos adeptos, a disponibilidade dos corredores e o interesse da imprensa (e dos próprios rivais!). Só falta encontrar um patrocinador, mas isso certamente que não é responsabilidade dos adeptos do FC Porto e dos fãs da modalidade.

«Curiosidades FCP» - Madjer na 'France Football'

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recuperamos duas edições da francesa 'France Football', com o talentoso Rabah Madjer na capa. A 'France Football' é uma das revistas desportivas com mais reputação na Europa, tendo o futebolista argelino sido por duas vezes capa da conceituada publicação. Madjer ainda hoje goza de grande prestígio em França, não só pelo seu talento como futebolista, aliado ao facto de ter jogado em França, mas também devido à grande comunidade argelina que reside no país. Antes de chegar à Europa, Madjer enfrentou os responsáveis do futebol argelino, indignado com uma lei que não permitia aos jogadores com menos de 28 anos deixarem o país. Com inúmeras propostas da Europa, permaneceu sem competir durante meses antes de aceitar retornar ao NA Hussein Dey, com a promessa de partir para o estrangeiro no ano seguinte. Foi em 1983 que Madjer chegou a França, primeiro para jogar no RC Paris, até 1985, e depois mudando-se para o Tours FC, também de França. Madjer foi considerado o melhor jogador argelino de todos os tempos. Jogou na selecção argelina durante 14 anos, pertencendo-lhe ainda hoje o recorde de golos marcados na selecção, 40 golos em 87 jogos. Representou ainda a Argélia em dois Campeonatos do Mundo, em 1982 e em 1986. Em 1987 seria distinguido com a Bola d'Ouro de África, tendo sido 2º classificado em 1985 e 3º classificado em 1990. Madjer foi recentemente considerado, pela IFFHS, o 5º melhor jogador africano do século, atrás de Weah (Libéria), Roger Milla (Camarões), Abédi Pelé (Ghana) e Belloumi (Argélia), mas a União dos Futebolistas Africanos considerou-o o melhor de todos os tempos.

sábado, 8 de março de 2008

Fazer a festa em Abril!

Depois da eliminação frente ao Schalke, entramos em contagem decrescente para o Tri. Se a vantagem para o segundo classificado se mantiver nos 12 pontos, em Abril já haverá campeão!
Falta apenas saber como vai a equipa reagir animicamente à eliminação da Champions. Se a alegria e o bom futebol se mantiverem, o FC Porto pode festejar o título nas primeiras semanas de Abril. E seria óptimo festejá-lo no Dragão. Esse mês reserva-lhe dois jogos em casa: frente a Estrela da Amadora e Benfica. É curioso que antes do jogo frente ao Benfica, o FC Porto tem dois jogos consecutivos em Setúbal, um para a Liga e outro para a Taça de Portugal, ou seja, essa semana poderá ser fundamental para o FC Porto. Não seria nada improvável garantir em Setúbal a conquista do Tri e, três dias depois, o acesso à final da Taça de Portugal. Até lá, o calendário ainda reserva duas saídas consecutivas: a Matosinhos e a Belém. Aqui fica o calendário dos campeões até ao clássico:

09/03: FC Porto-Académica
16/03: Leixões-FC Porto
30/03: Belenenses-FC Porto
06/04: FC Porto-E. Amadora
13/04: Vit. Setúbal-FC Porto
16/04: Vit. Setúbal-FC Porto (Taça)
20/04: FC Porto-Benfica

A «foto do dia» - O Ajax - FC Porto (1985/86)

Hoje recuperamos o programa oficial da 2ª mão da 1ª eliminatória da Taça dos Campeões Europeus, época 1985/86, entre o Ajax e o FC Porto. Nessa altura, a UEFA não estabelecia qualquer critério na distribuição dos clubes antes do sorteio, ou seja, não havia cabeças de série, o que possibilitava que logo na 1ª eliminatória pudesse haver alguns duelos entre os principais favoritos. Foi o que acabou por acontecer, com Ajax e FC Porto a defrontarem-se logo na 1ª eliminatória da competição.
Nessa altura, o Ajax era uma autêntica constelação de jovens estrelas: Stanley Menzo, Wim Kieft, John van't Schip, Marco van Basten (na capa do programa), Gerald Vanenburg, Jesper Olsen, Frank Rijkaard, Dennis Bergkamp, Aaron Winter, Brian Roy, Rob Witschge, Ronald Koeman, Johnny Bosman, Sonny Silooy e Arnold Mühren, entre outros, permitiam ao carismático Johan Cruyff escolher um «onze» com qualidade suficiente para vencer a Taça dos Campeões Europeus dessa época. Com o que os holandeses não contavam era com um FC Porto fortíssimo, que nesse ano, sob o comando de Artur Jorge, já preparava o caminho que o levou a Viena.
Na 1ª mão da eliminatória, o Ajax seria surpreendido nas Antas com dois golos sem resposta. O FC Porto adiantou-se no marcador logo aos 6 minutos, através de Laureta. Na 2ª parte, aos 59 minutos, o brasileiro Celso marcou o golo que garantiu alguma tranquilidade na viagem a Amesterdão. Apesar do ataque dos holandeses ser temível, no Estádio De Meer o FC Porto conseguiu manter o 0-0 até final, o que lhe garantiu a passagem à 2ª eliminatória. Apesar de ter caído aos pés do FC Porto, logo na 1ª eliminatória, o Ajax, de Cruyff e Van Basten, venceria no ano seguinte a Taça das Taças, depois de derrotarem o Lokomotiv de Leipzig por 1-0 (golo de Van Basten), na Final de Atenas.

O «cromo do dia» - Aurora Cunha

Voltamos a deixar o universo do futebol, desta vez para recordar uma figura do atletismo. Apesar de ter deixado o FC Porto de forma conflituosa (segundo se diz, por ter escondido a gravidez quando assinou um novo contrato), Aurora Cunha continua a ser um símbolo do atletismo português e do FC Porto.
Aurora Cunha nasceu em Barreiros (concelho de Guimarães) a 31 de Maio de 1959. Começou a dar os primeiros passos na modalidade com 15 anos, ao serviço do Juventude de Ronfe. Depois de chegar ao FC Porto, começou a coleccionar títulos nacionais e internacionais. A nível nacional, venceu 22 (!) campeonatos individuais, foi 6 vezes campeã nos 1500 metros, 8 vezes nos 3000 metros, 4 vezes nos 5000 metros e 4 vezes no corta-mato. A nível internacional, Aurora Cunha foi campeã do mundo de estrada em 1984, repetindo o título individual em 1985 e 1986. Em 1989 arrecadou o bronze individualmente e a prata por equipas. Depois do sucesso no meio-fundo, a atleta do FC Porto experimentou, com sucesso, participações nos 10 000 metros e na Maratona. Em 1985 venceu a Taça do Mundo de pista, nos 10 mil metros, e venceu 4 maratonas de grande prestígio, Paris (1988), Tóquio (1988), Chicago (1990) e Roterdão (1992), bem como a São Silvestre de São Paulo, em 1988. Ao seu extenso e brilhante palmarés ficou apenas a faltar uma medalha olímpica.
Agora, retirada da competição, Aurora Cunha corre por prazer e integra várias acções de solidariedade em campanhas de luta contra a pobreza e a doença. Em 2005 foi condecorada, pelo Presidente da República Jorge Sampaio, como Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelos serviços prestados ao desporto português e pela sua luta contra as desigualdades sociais.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Acreditar não foi suficiente!

Inglório. Depois de tanto esforço, caímos nas grandes penalidades. Mas isto é a Champions League e nós, que já a vencemos, sabemos bem quão difícil é chegar ao fim. Apesar da eliminação, a atitude de respeito do adversário e a festa dos seus adeptos no final da partida são bem reveladores do estatuto do FC Porto na Europa. O que não deixa de ser irónico é que foi preciso o FC Porto ficar reduzido a 10 jogadores para mostrar que é realmente melhor que o Schalke. Mas, tal como tinhamos previsto, ser melhor poderia não ser suficiente. Depois do resultado da 1ª mão, os alemães foram super pragmáticos. Sabendo que tecnicamente são inferiores ao FC Porto, colocaram uma autêntica muralha à frente da sua baliza. Aliás, tirando os primeiros 45 minutos da eliminatória, o Schalke mais não fez do que destruir jogo!
Talvez tenha residido aí a decisão da eliminatória, na abordagem ao jogo das duas equipas. Enquanto que o FC Porto, na Alemanha, entrou no jogo indeciso e com dúvidas, os alemães tudo fizeram para se colocarem cedo em vantagem e, a partir daí, assumirem as suas limitações. Conclusão: a eliminatória foi perdida em Gelsenkirchen, porque o FC Porto ontem foi quase perfeito. Lutou, teve paciência, criou oportunidades e, mesmo com 10 jogadores, ganhou o jogo...nos 90 minutos!
De qualquer forma, nada de lamechices porque há mais jogos para ganhar. No Domingo vem aí a Académica e, tal como disse Quaresma no final da partida, "Agora, temos que ganhar o Campeonato e a Taça de Portugal". É a sina dos campeões, ganhar sempre!

A «foto do dia» - As Antas nos anos 50

Hoje recuperamos uma foto da zona das Antas, anos depois da inauguração do estádio. O Estádio das Antas foi inaugurado a 28 de Maio de 1952 e desde então essa zona da cidade não tem parado de sofrer alterações. Em 1949 foi lançada a primeira pedra do estádio e com a ajuda de toda a população portuense foi possível concluir a obra em três anos. De forma a finalizar o estádio o mais rapidamente possível, realizaram-se os célebres «Cortejos dos materiais»: automóveis e camiões percorreram as ruas do Porto e angariaram cal, pedra, cimento, saibro e tijolos que foram utilizados na construção das Antas. Recolheram-se também outros bens que não serviam para as obras, tais como carne, pão, leite e vinho mas que, depois de leiloados, renderam quinze contos, que também reverteram para as obras.
A capacidade original do estádio era de 44 000 espectadores, distribuídos por três bancadas: duas superiores e uma central. Como é possível verificar através da foto, o lado leste do estádio não tinha bancada, era a Porta da Maratona. Só em 1976, com o fecho da Porta da Maratona, o estádio ficou com bancadas em todo o seu perímetro, com a construção de uma bancada ao longo da lateral leste do estádio, acrescida de um segundo anel, a Arquibancada.
Reparem que na foto já é possivel visualizar o primeiro campo de treinos do FC Porto e a respectiva bancada central (durante muitos anos a equipa principal realizava ali o aquecimento, antes de um jogo). O FC Porto chegou a possuir 4 campos relvados na zona das Antas, mas como nos anos 50 o clube tinha apenas oito mil sócios e dívidas na ordem dos 700 contos, houve melhoramentos que ficaram guardados para mais tarde: em 1960 com a inauguração da pista de ciclismo; em 1962 com a inauguração da iluminação artificial; em 1976 com o fecho da Porta da Maratona; em 1986 com o rebaixamento do campo; nos final dos anos 80 com a construção de mais dois campos relvados; e mais tarde, com a colocação das cadeiras e dos painéis electrónicos nas duas superiores do estádio.

«Curiosidades FCP» - A batalha de Roterdão

Já recordámos, aquando do "post" sobre Tomislav Ivic, o jogo frente ao Feyenoord, que valeu ao FC Porto a entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões, época 1993/94. Hoje, recordamos uma foto registada no final dessa partida, depois do FC Porto ter obtido um precioso empate a zero na 'Banheira de Roterdão'. Depois da magra vitória (1-0 com golo de Domingos aos 89'!) na 1ª mão, a viagem a Roterdão previa-se que fosse tudo menos um passeio. Dias antes do jogo, a imprensa holandesa fazia questão de avisar o FC Porto para o ambiente que o esperava na 'Banheira de Roterdão'. Os avisos da imprensa holandesa confirmaram-se, com o FC Porto a ser recebido no Estádio De Kuip por 50 mil holandeses em absoluto delírio, perante a possibilidade de verem o seu clube avançar para a fase de grupos da Champions. Em Portugal, os adeptos davam os primeiros sinais de impaciência com o futebol pouco atraente do FC Porto de Tomislav Ivic. O treinador jugoslavo sabia que a sua continuidade no clube poderia estar dependente do resultado (mais do que da exibição!) dessa partida. Sabendo da importância do jogo, para si e para a equipa, Ivic resolveu surpreender tudo e todos apostando num «onze» inicial com 4 (!) defesas centrais: Aloísio, Jorge Costa, Zé Carlos e Fernando Couto!
O jogo não teve transmissão televisiva, o que obrigou os adeptos do FC Porto a seguir as incidências da partida através da rádio. Foi um autêntico sufoco perante o domínio territorial dos holandeses. Mas, com um autêntico comboio em frente à baliza, o FC Porto saiu ileso da 'Banheira de Roterdão' e seguiu em frente para a fase de grupos da Champions. Com tantos defesas centrais no «onze», seria inevitável, no final do jogo, não destacar o seu trabalho. Na foto, Jorge Costa e Fernando Couto celebram, ainda no relvado do De Kuip, a passagem do FC Porto à fase seguinte da competição. Minutos depois, seriam ambos alvo de uma espera, no túnel de acesso aos balneários, por parte do defesa central De Wolf e do guarda-redes do Feyenoord, o gigante Ed De Goey, que, irritados com o resultado e com algumas incidências dessa autêntica batalha, resolveram pedir satisfações aos dois defesas do FC Porto, gerando-se alguma confusão no túnel de acesso aos balneários. A UEFA chegou a abrir um inquérito a esses incidentes que tinham começado 15 dias antes, com alguns desentendimentos entre os jogadores das duas equipas aquando do jogo das Antas.
Depois de ultrapassar o Feyenoord, nessa escaldante eliminatória, o FC Porto ficaria colocado no Grupo B, juntamente com Werder Bremen, Anderlecht e AC Milan.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Os 90 minutos mais importantes da época!

Depois da vitória de ontem no Andebol (em baixo, na foto), fica a faltar apenas um título no Futebol para o FC Porto vencer pelo menos uma competição em cada uma das quatro modalidades (Hóquei, Andebol, Basquetebol e Futebol) que actualmente mais atenção recebem de sócios, adeptos, dirigentes e comunicação social.
No Futebol, apesar de não se exigir a conquista da Champions, ficar pelos Oitavos-de-Final saberia sempre a pouco. Ou seja, se o FC Porto for eliminado pelo Schalke, ficará sempre um lamento quanto à carreira da equipa na Champions. Arriscamos a dizer que neste momento o FC Porto é melhor que o Schalke, mas no futebol moderno ser melhor pode não ser suficiente. Na Quarta-feira vai ser preciso um Super Porto para ultrapassar os alemães e ficar entre os 8 melhores da Europa. Que a sorte esteja com os campeões!

Depois do Hóquei em Patins e do Basquetebol, aí está o Andebol a manter o assalto do FC Porto aos títulos nas 3 modalidades de pavilhão mais acarinhadas pelos adeptos do clube. O FC Porto conquistou ontem a Taça da Liga de Andebol, ao vencer o Sporting, na Final, por esclarecedores 23-18! O FC Porto comandou sempre o marcador e depois do intervalo não mais voltou a permitir a aproximação do Sporting. A base do triunfo acabou por ser a atitude defensiva dos homens de Carlos Resende, que depois de estarem a vencer por 13-9, só 9 minutos depois voltaram a consentir um golo! Fantástica atitude defensiva!
Bosko Bjelanovic, autor de 8 golos, foi eleito o melhor jogador da Final, enquanto que Ricardo Candeias foi eleito o melhor guarda-redes. Foi o terceiro troféu do FC Porto, em cinco edições da Taça da Liga, e foi também a primeira Taça da Liga ganha por Carlos Resende como técnico do FC Porto. Curiosamente, Carlos Resende tinha sido eleito o melhor jogador da Final, também vencida frente ao Sporting, da primeira edição da prova.
Apesar do orçamento do Andebol ter sofrido uma redução, o notável trabalho de Carlos Resende, no aproveitamento dos jovens formados no clube, começou a dar os seus frutos. Por vezes, o impressionante sem número de títulos conquistados pela notável equipa de Hóquei em Patins do FC Porto, acaba por ofuscar as conquistas das outras modalidades, isto porque o Andebol já venceu 10 títulos só nesta década, o que perfaz a média de mais de um título por temporada. Desde o ano 2000, o Andebol do FC Porto conquistou 3 Campeonatos Nacionais (2001/02, 2002/03, 2003/04), 2 Taças de Portugal (2005/06, 2006/07), 3 Taças da Liga (2003/04, 2004/05, 2007/2008) e 2 Supertaças (2000/01, 2002/03). Parabéns à secção de Andebol!

«Curiosidades FCP» - 'Lo Straniero dell' Anno'

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recuperamos uma primeira página da revista italiana "Hurrá Juventus".
Nessa edição, do Verão de 1989, é dado destaque à fantástica época realizada por Rui Barros que, nesse ano, foi eleito o estrangeiro do ano em Itália. Uma distinção para a qual contribuiram os 15 golos que marcou, nesse ano, ao serviço da Juventus, onde jogou durante duas épocas.
O "Piccolo", como era tratado na Juventus por Stefano Tacconi, partilhou o ataque da 'Vecchia Signora' com alguns jogadores conceituados como Michael Laudrup, Aleksandr Zavarov, Altobelli, Pierluigi Casiraghi e Salvatore Schillaci, entre outros.
Apesar de ter representado a Juventus num período de transição (os italianos estavam em renovação depois das conquistas com Michel Platini), Rui Barros ainda venceu uma Taça de Itália e uma Taça UEFA, em 1990.
Reparem que nesta edição da "Hurrá Juventus", a revista também deu destaque à modéstia do jogador português, trazendo à capa o título: "Rui Barros, Sua Umiltá" (Rui Barros, Sua Humildade!).

A «foto do dia» - O bilhete do FC Porto - AC Milan (Champions League, época 1993/94)

Hoje recuperamos um bilhete da última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, época 1993/94. O FC Porto recebia o AC Milan nas Antas e, se vencesse os italianos, garantiria a primeira posição do Grupo B. Nessa época, as meias-finais da competição foram disputadas em apenas um jogo, com o primeiro classificado do Grupo B a enfrentar o segundo classificado do Grupo A. Ou seja, se o FC Porto tem vencido o AC Milan, defrontaria o Mónaco (os franceses foram segundos no Grupo A) nas meias-finais, com o jogo a ser realizado nas Antas.
O decisivo jogo, frente ao AC Milan, acabou por ser muito táctico, com os italianos a não arriscarem de forma a segurarem a liderança do Grupo B. O momento decisivo desse encontro acabou por ficar guardado para o dramático último minuto, quando Drulovic desperdiçou a melhor oportunidade de todo o jogo. O sérvio, isolado perante o guarda-redes do AC Milan, não conseguiu bater o gigante Rossi, que segurou o empate (0-0) para os italianos. Desperdiçada a oportunidade de jogar a meia-final em casa, o FC Porto viu-se obrigado a disputá-la em Camp Nou, frente ao Barcelona. O AC Milan, ao garantir o primeiro lugar do grupo, disputou a meia-final em San Siro, frente ao Mónaco. AC Milan e Barcelona eliminaram, respectivamente, Mónaco e FC Porto, e seguiram para a final de Atenas, que os italianos venceram (4-0).

sábado, 1 de março de 2008

O descanso da máquina trituradora!

Tal como tinhamos previsto, perante a importância do jogo frente ao Schalke, Jesualdo optou por poupar alguns jogadores, no sempre rasgadinho derby tripeiro. Uma opção que se compreende, e que se aceita, porque independentemente do resultado do jogo de hoje, o FC Porto manteria uma vantagem confortável para o segundo classificado. Tinhamos pedido que o Professor deixasse meia-equipa de fora. Jesualdo fez-nos a vontade e poupou 7 titulares!
Apesar da menor ligação entre os jogadores do FC Porto que iniciaram o jogo, na primeira parte a equipa até teve mais posse de bola, com o Boavista limitado ao contra ataque. Apesar de nem sempre bem jogada, a primeira parte foi muito intensa e interessante para os adeptos das duas equipas. Já há muito tempo que não víamos o Bessa com tanto público a assistir a um derby tripeiro. Ambiente fantástico no estádio!
No segundo tempo, o domínio do FC Porto acentuou-se e, depois de o Boavista ficar com menos um homem, só por falta de sorte o FC Porto não chegou ao golo. No FC Porto, toda a gente cumpriu, mesmo sem deslumbrar. De destacar apenas a corrida contra o tempo de Mariano Gonzalez, que continua a melhorar a cada semana que passa.
Depois da infelicidade de hoje, esperemos que o FC Porto seja recompensado na Quarta-feira. Uma máquina trituradora também precisa de sorte!

O «cromo do dia» - Rodolfo

Rodolfo dos Reis Ferreira nasceu no Porto a 29 de Janeiro de 1954. É mais um dos capitães que ficaram na história do FC Porto, pela dedicação e entrega que revelavam sempre que representavam o clube. Aliás, Rodolfo será sempre mais recordado pela fidelidade ao FC Porto do que pelas suas qualidades técnicas. Apesar de nessa altura as atenções recairem em jogadores como Gomes, Oliveira ou Duda, Rodolfo tinha uma grande importância na gestão do balneário, devido à intransigência que revelava na defesa dos interesse do clube e dos seus colegas. Rodolfo foi um autêntico ícone do FC Porto da era Pedroto!
O seu nome ainda hoje figura na lista dos capitães mais carismáticos da história do clube, ao lado de Pavão, Rolando, Virgílio, Hernãni, Monteiro da Costa, Oliveira, Gomes, João Pinto e Jorge Costa, entre outros.
Rodolfo foi um trinco (também chegou a ser utilizado a central) que representou o FC Porto durante toda a sua carreira profissional, sagrando-se campeão nacional aquando do regresso do FC Porto aos títulos, na época 1977/78. No ano seguinte voltaria a ser um dos esteios na caminhada do FC Porto para o bi-campeonato. Além desses dois títulos, venceu ainda duas Taças de Portugal, nas épocas 1976/77 e 1983/84.
Depois de deixar o FC Porto, Rodolfo iniciou a carreira de treinador.

«Curiosidades FCP» - O filme da Final de Basileia

Foi a forma que a Juventus encontrou de perpetuar a Final da Taça das Taças, que os italianos conquistaram frente ao FC Porto, na época 1983/84. O filme mostra-nos a Final, disputada a 16 de Maio de 1984 no Estádio St. Jakob, e todo o percurso da Juventus até ao último e decisivo encontro com o FC Porto. Antes de vencerem o FC Porto na Final, os italianos eliminaram os polacos do Lechia Gdansk, o Paris SG de França, o Haka da Finlândia e os ingleses do Manchester United.
Na capa do filme, é possível identificar as caricaturas de Platini, Scirea, Boniek, Paolo Rossi e Tardelli, entre outros, que nessa altura eram autênticos símbolos da Juventus orientada por Geovanni Trappatoni. Reparem que na base da Taça encontramos uma zebra a segurar um galhardete comemorativo dos 21 títulos conquistados pela 'Vecchia Signora' até então.
O video "Il Film Della Coppa Coppe" é uma edição italiana que, infelizmente, nunca foi comercializada em Portugal.